Da periferia de São Paulo até a Austrália: Denise Thomaz Bastos conta bastidores da primeira Copa do Mundo

Nascida e criada em Parelheiros, a jornalista participa da cobertura da Seleção Brasileira na Copa do Mundo e conta como surgiu o seu amor pelo futebol. Da periferia de São Paulo até a Austrália: Denise Thomaz Bastos conta bastidores da 1ª Copa do Mundo
O Profissão Repórter desta terça-feira (1º) desembarcou na Austrália, um dos países-sede da Copa do Mundo Feminina de Futebol, para mostrar os bastidores da cobertura jornalística da competição. E a força do trabalho das mulheres está presente não apenas dentro do campo, mas também no entorno.
A repórter Sara Pavani acompanhou a preparação da jornalista Denise Thomaz Bastos em sua primeira Copa do Mundo, que começou em Parelheiros, no extremo-sul da capital paulista, onde a jornalista especializada em esporte nasceu e foi criada.
Denise recebeu a equipe em sua casa e contou como essa fase atual da carreira é o resultado de muito trabalho, que começou ainda quando ela era jovem aprendiz.
O amor pelo futebol, no entanto, surgiu na infância, com o incentivo de uma tia.
“A minha tia Celina era viciada em futebol. Ela foi a minha primeira pessoa que me levou para o estádio quando eu tinha 10 anos de idade. Vendi latinha, entregava folheto no farol para ter dinheiro para ir ao estádio de futebol”, relembra.
A jornalista conta como as tias incentivaram no amor que ela sente pelo futebol
TV Globo/Reprodução
Maria de Oliveira, outra tia de Denise, incentiva a jornalista e até dá palpites em seus trabalhos. Ela é a mais velha e considerada a matriarca da família.
E assim, carregando todos esses ensinamentos das mulheres de sua família, a jornalista reflete sobre o momento que vive na profissão.
“Sabe quando você fica meio anestesiada? Eu acho que estou um pouco assim. Muitas vezes a gente pensa se é capaz, sabe quando a gente duvida da nossa capacidade? Às vezes eu ainda duvido, mas aí eu paro e falo: ‘óbvio que você é capaz’. Não é de hoje que eu acompanho o futebol feminino”, desabafa.
De Parelheiros para o mundo
Antes da viagem para a competição mais importante do futebol feminino, Denise mostrou os locais que a formaram como pessoa. Entre esses lugares, está a escola e a quadra do bairro.
Repórter Denise Thomaz Bastos leva Sara Pavani para andar de moto em Parelheiros, bairro onde nasceu
Ela lembra que a violência a rondava na infância e que não era incomum ver as marcas do crime, como pessoas assassinadas no caminho para a escola. Apesar de tudo, ela comemora o fato de “não ter virado estatística”.
“Tinha um grande amigo, que acabou falecendo, que sempre me via falava: ‘E aí, Nega D, contrariando as estatísticas né?’. (…) Uma menina periférica, preta, motoqueira desde os 16 anos. Eu tive muitos acessos a coisas boas e ruins e optei por fazer diferente, ir atrás do meu. Eu amo esse bairro, mas eu nunca quis ficar só aqui”, afirma.
Mão na massa
A jovem jornalista ganhou o mundo. Chegando na Austrália, Denise não perdeu tempo e já iniciou a cobertura, acompanhando os treinos da Seleção. Ao Profissão Repórter, ela mostrou um pouco dessa rotina.
Profissão Repórter mostra os bsatidores da 1ª entrada ao vivo de Denise Thomaz na Copa do Mundo
Em sua primeira entrada ao vivo, a repórter falou com a equipe do Bom Dia Brasil e se emocionou após o feito. Após algumas participações na programação, chegou a vez de aparecer pela primeira vez no Jornal Nacional.
Em videochamada com a irmã, Denise quer saber se a família tem acompanhado o trabalho dela. “Todo mundo, o bairro inteiro”, diz a irmã.
Denise Thomaz Bastos, repórter.
Reprodução/Profissão Repórter
Em um raro momento de folga, ela aproveita para conhecer um pouco de Brisbane. E faz um paralelo com a infância dela, na periferia de São Paulo.
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Veja a íntegra do Profissão Repórter abaixo:
Edição de 01/08/2023
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