Equador: Candidato a legislador denuncia tiros e ameaça na véspera da eleição

Um dia antes das eleições que definirão o próximo presidente do Equador, além dos integrantes da Assembleia Nacional do país, o candidato a legislador provincial Gabriel Ugarte denunciou que a casa onde mora na cidade de Machala foi alvo de um ataque a tiros.

“Me encontro aqui fora da minha casa, são três da manhã, a polícia está aqui porque chamamos o 911 [serviço de emergência]. Alguém disparou na minha casa, tem um papel com uma ameaça”, disse o candidato em um vídeo postado nas redes sociais na madrugada deste sábado (8).

Na publicação, em que é possível ver uma viatura policial, o candidato a legislador afirma não querer dizer mais nada, mas escreve: “Como advogado, jamais vou deixar que ninguém me ameace, porque eu não me meto com ninguém. Vamos esgotar todos os recursos necessários de investigação até descobrir quem está por trás disso”.

À CNN, a Polícia Nacional do Equador informou que o candidato relatou que acordou com o som do alarme do carro e que, ao sair, descobriu marcas de balas na porta de casa, assim como “um panfleto ameaçador”.

A Polícia Nacional afirma ainda que coletou “indícios balísticos” e a mensagem com a ameaça para iniciar as investigações, determinar os motivos do ataque e identificar os responsáveis.

Eleição presidencial

Quase 14 milhões de equatorianos são esperados nas urnas neste domingo (9) para eleger o próximo presidente e futuros legisladores nacionais e provinciais do país.

A insegurança no país é um dos principais focos de preocupação dos equatorianos, e das propostas de campanha. Em agosto de 2023, o então candidato à presidência Fernando Villavicencio foi assassinado a tiros na saída de um ato de campanha.

No início de 2024, uma nova cena de terror no Equador rodou o mundo: homens encapuzados e fortemente armados invadiram o estúdio do canal de televisão TC Televisión e apontaram armas para funcionários durante uma transmissão ao vivo.

A cena, somada à fuga da prisão de Adolfo Macías, mais conhecido como “Fito”, levou o presidente Daniel Noboa a decretar estado de exceção no país e de “conflito armado interno” no país.

Meses depois, os equatorianos votaram, em um referendo, a favor de todas as medidas propostas pelo presidente para reformar a Constituição e permitir uma maior atuação das Forças Armadas, penas mais duras e a extradição de criminosos do país.

Ao todo, 16 candidatos concorrem à presidência do Equador, mas o atual presidente de direita é o favorito do pleito. Ele aparece com vantagem sobre sua principal rival, Luisa González, do partido de esquerda Movimento Revolução Cidadã, liderado pelo ex-presidente Rafael Correa, que pode disputar com ele em segundo turno.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Equador: Candidato a legislador denuncia tiros e ameaça na véspera da eleição no site CNN Brasil.

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