Quem é Tânia Bulhões, designer brasileira envolvida em polêmica de xícara 

O nome da marca Tânia Bulhões, que produz porcelanas, perfumes e produtos para a pele, está circulando pelas redes sociais nesta seman  após a empresa se envolver em uma polêmica por conta da produção de seus produtos.

Um vídeo feito pela influenciadora Izadora Palmeira, em um restaurante na Tailândia, mostrou que uma xícara idêntica a da marca brasileira foi utilizada para servir cafés a R$ 5 no país asíatico. O objeto, porém, era vendido por R$ 210 no site da marca de Bulhões.

Quem é a designer Tânia Bulhões

Tânia Bulhões é famosa por seus itens de decoração, perfumaria e porcelana. Ela fundou a marca de luxo em 1989, em Uberaba, no interior de Minas Gerais. No início, a empresária vendia louças pintadas à mão.

Em 1991, Bulhões se mudou para São Paulo e abriu sua primeira loja. Atualmente, a marca conta com inúmeras unidades espalhadas pelo Brasil. Há 2 anos, a empresa comprou a Royal Limoges, antiga fábrica francesa com mais de dois séculos de tradição.

De acordo com informações que constam no site da marca, Tânia “encontra inspiração nas memórias afetivas de sua infância em Minas Gerais, onde cresceu entre a cidade e o campo.”

Além disso, a empresa destaca que as peças são “produzidas em parcerias com os melhores fabricantes e experts do Brasil e do mundo”.

Descontinuação de quatro coleções

Após a polêmica, Tânia Bulhões anunciou que vai descontinuar quatro coleções de porcelanas. O anúncio foi feito na página oficial da marca na sexta-feira (7).

De acordo com a empresa, as coleções descontinuadas são a Marquesa, Mediterrâneo, Entre Rios e Lírio. “Tomamos a decisão de descontinuar sua fabricação até que a nossa própria fábrica de porcelana, atualmente em construção em Uberaba, MG, esteja apta a produzi-las”, diz a nota.

O comunicado explicou que a decisão foi tomada após viralizarem vídeos em que consumidores encontram itens das coleções, vendidos como de luxo, por preços menores.

“Pedimos desculpas aos nossos clientes por toda insegurança gerada e pelos questionamentos absolutamente legítimos que surgiram nos últimos dias”, destacou.

Em outra publicação na página oficial, a marca afirmou que os produtos são “frequentemente copiados”. No caso da coleção Marquesa, a marca disse ter identificado que um parceiro “descumpriu acordos contratuais” e comercializado “sobras de produção que não passaram pelo nosso controle de qualidade”.

A empresa esclareceu que as criações são originais, mas até a compra da fábrica Royal Limoges, na França, todos os produtos da marca Tânia Bulhões eram fabricados por parceiros externos.

Segundo as explicações da marca, já foram adotadas medidas jurídicas cabíveis contra “aqueles que estão espalhando informações falsas”.

Entenda a polêmica

Um vídeo publicado em uma rede social pela influenciadora Izadora Palmeira, no mês de janeiro, mostrou que encontrou uma xícara idêntica a uma da coleção Marquesa, mas sem o escrito Tânia Bulhões, em um restaurante na Tailândia.

Enquanto no local as xícaras eram usadas para servir cafés com preço médio de R$ 5, no catálogo da marca cada xícara custa R$ 210.

A influenciadora contou que ao chegar em casa foi conferir a xícara que tinha em casa e observou que era idêntica a encontrada no restaurante, a diferença era a assinatura da marca Tânia Bulhões. “Para quem paga uma fortuna, tá aí, ó”, diz Izadora.

A arte na peça é um limão siciliano, fruto originário do sudeste da Ásia. No entanto, no site, a marca Tânia Bulhões afirma que a inspiração do desenho teria vindo de paisagens de uma fazenda em Minas Gerais, terra natal da empresária.

*Sob supervisão 

Este conteúdo foi originalmente publicado em Quem é Tânia Bulhões, designer brasileira envolvida em polêmica de xícara  no site CNN Brasil.

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