Acusados de matar ativista em ritual de magia macabra são condenados a mais de 30 anos de prisão


Vítima foi atraída pela “mãe de santo”, assassinada com um tiro na nuca e enterrada em uma cova rasa. Corpo de Jheyderson de Oliveira Chavier foi encontrado numa cova rasa com um tiro na nuca.
Arquivo/Polícia Civil
Dois acusados de torturar e matar Jheyderson de Oliveira Xavier, de 24 anos, ativista que atuava em defesa do público LGBTQIA+, durante um ritual de magia macabra em Iguatu, no do centro-sul do Ceará, foram condenados nesta terça-feira (12), a penas que somadas chegam a mais de 30 anos de prisão.
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O crime ocorreu em maio de 2018. Conforme a denúncia, Desiree Dantas, universitária e líder da seita extremista, atraiu a vítima para uma suposta festa na casa de Roberto Alves da Silva.
No local, os dois denunciados e um adolescente assassinaram o ativista com um tiro na cabeça e enterraram o corpo em uma cova nas proximidades da residência onde ocorreu a morte.
Uma câmera de segurança registrou o momento em que a vítima saiu acompanhado de um dos suspeitos. Além disso, dias depois, o revólver usado no crime e o celular de Jheyderson foram encontrados pela polícia na casa de Roberto. Na residência também foram encontrados livros e esculturas relacionadas ao ocultismo.
À época, o delegado Jerffison Pereira informou que os réus confessaram que assassinaram o jovem para baixar um espírito que ajudaria eles a melhorar de vida.
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Julgamento
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Durante o julgamento, Roberto Alves foi condenado à pena de 16 anos, 6 meses e 15 dias de prisão, em regime fechado, pelos crimes de homicídio, posse ilegal de arma de fogo e ocultação de cadáver.
Na ocasião, o Tribunal do Júri reduziu a pena dele por ele ter espontaneamente confessado os crimes.
Já Desiree Dantas recebeu uma sentença de 21 anos, 7 meses e 17 dias de prisão, também em regime fechado, pelos crimes de homicídio, ocultação de cadáver e corrupção de adolescente.
Durante o julgamento foi citado que Desiree fez mal uso da religião, utilizando a liderança religiosa para ganhar o respeito e depois trair a confiança do seu seguidor, considerado um “filho” dentro da sua religião.
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