Força Municipal de Segurança no Rio: veja perguntas e respostas

Projeto foi apresentado nesta segunda-feira e ainda será discutido e votado pelos vereadores. Salário previso para agentes, em contratação temporária, é de R$ 13,3 mil. Paes fala sobre o projeto da Força Municipal de Segurança
A Prefeitura do Rio apresentou nesta segunda-feira (17) à Câmara dos Vereadores o projeto de lei que cria a Força Municipal de Segurança (FMS) armada.
Veja abaixo perguntas e repostas sobre a proposta.
O que é a Força Municipal de Segurança
A nova Força Municipal será formada totalmente do zero, sem ligação direta com a Guarda Municipal, e se propõe a ser uma força armada de policiamento ostensivo com foco na prevenção de crimes e atuação comunitária em locais determinados.
O projeto é uma parceria com o Exército, com a Polícia Federal e com o Ministério da Justiça, e vai atuar em conjunto com as polícias do estado e a Guarda Municipal.
Quando a Força Municipal começa a operar?
O projeto ainda precisa ser discutido e votado pelos vereadores para ser aprovado, para então se dar início a contratações e treinamentos.
A prefeitura divulgou como estimativa o segundo semestre de 2025.
Quais as prioridades da Força?
A ideia é que a Força priorize a “prevenção de delitos e a proteção da comunidade, com colaboração com órgãos de segurança e a população”:
presença ostensiva em áreas movimentadas para coibir pequenos delitos;
atuação integrada com órgãos de segurança e serviços sociais em ações conjuntas;
primeira resposta em emergências locais, com foco em casos de violência contra mulheres, idosos e crianças.
Onde a Força Municipal vai atuar?
A estratégia, segundo o projeto, é atuar principalmente em áreas onde as estatísticas apontam haver mais concentração de crimes nas ruas.
Segundo o estudo apresentado pela prefeitura, 5,3% do território do Rio concentra 50% dos roubos e furtos de rua e há pouca variação ao longo dos anos.
A Força Municipal, portanto, iria atuar principalmente no policiamento dessas áreas, entre elas: Lapa/Centro, Copacabana, Madureira, Ipanema, Praia de Botafogo, Maracanã/Uerj, Pavuna e Méier.
Os agentes terão porte de arma?
Não. A proposta é que as armas fiquem acauteladas e só possam ser usadas pelos agentes durante o trabalho, sendo retiradas na chegada e devolvidas na saída.
Como serão contratados os agentes?
Segundo o prefeito Eduardo Paes, serão feitos concursos entre oficiais da reserva do Exército que passaram pelo Centro de Preparação de Oficiais da Reserva (CPOR).
“Ficam oito anos estudando [no Exército] e depois saem. A gente vai criar um concurso público que vai selecionar os melhores desse CPOR. Feito isso, eles vão receber um treinamento, que vai contar com um convênio da Polícia Federal”, disse o prefeito.
Depois desse curso de formação e de habilitação, os selecionados vão ser contratados de forma temporária para atuarem nas áreas da cidade que tenham o maior índice de ocorrência.
Quanto vai receber cada agente e quantos serão?
A proposta é que o salário dos agentes seja de R$ 13.303,00. A proposta prevê que sejam treinados e contratados até o fim de 2028, a cada 6 meses, 600 agentes. No total, seriam 4,2 mil agentes formados e atuantes na corporação.
Outros 35 gestores, com ensino superior completo, seriam contratados de forma permanente com salários de R$ 19.435,07.
Também estão previstos 47 cargos comissionados para áreas como diretor-chefe, ouvidoria, corregedoria independente e administrativos.
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