Eduardo Bolsonaro ironiza denúncia da PGR: “Golpe da Disney”

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) ironizou a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) por tentativa de golpe de Estado. Durante uma transmissão ao vivo com o blogueiro e ex-comentarista da Jovem Pan Paulo Figueiredo,Eduardo classificou a acusação como “famoso golpe da Disney”.

“O cara ia fazer um golpe, aí ele falou, vamos fazer o seguinte, eu vou deixar de ser presidente, aí quando eu deixar de ser presidente, quando eu não comandar mais as Forças Armadas, não ter acesso à polícia nem nada, aí a gente vai lá pra fazer um golpe. Mas a gente vai melhorar, antes de dar o golpe, ainda vou antecipadamente nomear os comandantes das forças, que o cara que vai sofrer o golpe, o Lula (PT-SP), vai decidir. Para melhorar, para encorajar a rapaziada a dar o golpe, eu vou para os Estados Unidos, tá ok. Aí você vai lá para os Estados Unidos pra galera ficar animada pra ir pra rua. Aí quando o golpe tiver em execução eu ainda vou tuítar lá da Disney: ‘Voltem para as suas casas, não façam isso, sou contra’. Pelo amor de Deus, eu não sei nem por onde começar. Não dá pra levar muito a sério essa questão de golpe. Você imagina, gente, se fosse pra pegar vagabundo, bandido, assassino, se fosse essa mesma disposição, o Brasil estaria muito mais seguro”, disse o deputado.

A PGR apresentou a denúncia nesta terça-feira (18), envolvendo Jair Bolsonaro e outras 33 pessoas nos crimes de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa. A acusação faz parte das investigações sobre a tentativa de golpe em 2022.

“Isso aqui que tá acontecendo no Brasil é de dar inveja ao Kim Jong-un. Lá na Coreia do Norte, acho que até quando eles fazem lá algo favorável ao ditador, é menos escandaloso do que o que está acontecendo no Brasil”, afirmou Eduardo.

Paulo Figueiredo demonstrou revolta

Paulo Figueiredo, também denunciado pela PGR, demonstrou indignação com a acusação e defendeu um comportamento radical contra integrantes do órgão caso um aliado político vença as eleições presidenciais de 2026.

“Há 30 minutos, o Donald Trump demitiu todos os procuradores de Justiça da Era Biden. Estão todos na rua. Ele falou que o que aconteceu no Departamento de Justiça foi uma politização e que ele precisava reconquistar a confiança do Departamento de Justiça. Eu sei que as pessoas podem estar vivendo momentos sombrios no Brasil, mas já vivemos esse momento sombrio nos Estados Unidos e hoje estamos vendo a luz. Eu acho que, em 2027, só ver a demissão do Paulo Gonet e da turma do PGR que participou desta perseguição é pouco. Temos que agir com menos misericórdia”, declarou.

No relatório, Paulo é acusado de propagar notícias falsas e atacar virtualmente instituições e autoridades.

A denúncia da PGR agora será analisada pelo Supremo Tribunal Federal, que decidirá se os acusados se tornarão réus no processo.