Vale e região somam 5 mortes e quase 2 mil casos de dengue no ano; estado decretou situação de emergência


Cidades com números mais preocupantes são Jacareí e São José dos Campos. Mosquito do Aedes aegypti, transmissor da dengue
Carlos Bassan/Prefeitura de Campinas
Em menos de dois meses, a região do Vale do Paraíba já confirmou cinco mortes e quase 2 mil casos de dengue em 2025. Nesta quarta-feira (19), o Governo de São Paulo decretou situação de emergência por conta da alta da doença em todo o estado.
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Das cinco mortes confirmadas, quatro são em Jacareí e uma em São José dos Campos – a morte de São José ainda não consta no painel de dados oficiais do estado, que forneceu os números para essa reportagem, mas já foi confirmada pela prefeitura da cidade.
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O número de mortes confirmadas no Vale e região representa 4,4% do total de mortes no estado, que, até esta quarta-feira, é 113. Há ainda sete mortes em investigação na região.
Além disso, as cidades da região já confirmaram 1.930 casos no ano, que representam 1,5% do total do estado, que atualmente é de 124.038. A região ainda investiga 6.670 casos suspeitos de dengue.
No ano passado, quando a região viveu uma epidemia de dengue, entre os dias 1º de janeiro e 17 de fevereiro, as cidades do Vale somaram 10.241 casos de dengue e pelo menos cinco mortes, de acordo com o painel estadual da dengue – relembre aqui.
Dengue no estado em 2025
Mortes: 113
Casos: 124.038
Mortes em investigação: 233
Casos em investigação: 82.908
Dengue na região em 2025
Mortes: 5 (4,4% do estado)
Casos: 1.930 (1,5% do estado)
Mortes em investigação: 7 (3% do estado)
Casos em investigação: 6.670 (8% do estado)
Jacareí, com 517, e São José dos Campos, com 460, são as cidades da região com maior número de casos confirmados. Atibaia, São Sebastião e Caraguatatuba vêm em na sequência – confira a lista completa abaixo:
Jacareí – 517 casos confirmados (4 mortes)
São José dos Campos – 460 casos confirmados (1 mortes)
Atibaia – 296 casos confirmados (0 mortes)
São Sebastião – 100 casos confirmados (0 mortes)
Caraguatatuba – 91 casos confirmados (0 mortes)
Taubaté – 73 casos confirmados (0 mortes)
Bragança Paulista – 61 casos confirmados (0 mortes)
Ilhabela – 51 casos confirmados (0 mortes)
Ubatuba – 51 casos confirmados (0 mortes)
Paraibuna – 50 casos confirmados (0 mortes)
Caçapava – 33 casos confirmados (0 mortes)
Pindamonhangaba – 21 casos confirmados (0 mortes)
Potim – 21 casos confirmados (0 mortes)
Aparecida – 17 casos confirmados (0 mortes)
Guaratinguetá – 11 casos confirmados (0 mortes)
Bom Jesus dos Perdões – 9 casos confirmados (0 mortes)
Cachoeira Paulista – 9 casos confirmados (0 mortes)
Lorena – 9 casos confirmados (0 mortes)
Bananal – 6 casos confirmados (0 mortes)
Cunha – 5 casos confirmados (0 mortes)
Jambeiro – 5 casos confirmados (0 mortes)
Santa Branca – 5 casos confirmados (0 mortes)
Tremembé – 5 casos confirmados, 0 mortes)
Campos do Jordão – 4 casos confirmados (0 mortes)
Cruzeiro – 4 casos confirmados (0 mortes)
Joanópolis – 4 casos confirmados (0 mortes)
Silveiras – 3 casos confirmados (0 mortes)
Nazaré Paulista – 2 casos confirmados (0 mortes)
Canas – 1 casos confirmados (0 mortes)
Lagoinha – 1 casos confirmados (0 mortes)
Lavrinhas – 1 casos confirmados (0 mortes)
Natividade da Serra – 1 casos confirmados (0 mortes)
Piquete – 1 casos confirmados (0 mortes)
Redenção da Serra – 1 casos confirmados (0 mortes)
Roseira – 1 casos confirmados (0 mortes)
Arapeí, Areias, Igaratá, Monteiro Lobato, Piracaia, Queluz, Santo Antônio do Pinhal, São Bento do Sapucaí, São José do Barreiro, São Luiz do Paraitinga e Vargem ainda não confirmados mortes e casos.
Estado decreta emergência para dengue
Tratamento e diagnóstico
O diagnóstico da dengue é basicamente clínico — não existe a necessidade de realização de exames específicos. Também não existe um medicamento específico para a doença. A dengue, na maioria dos casos leves, tem cura espontânea depois de 10 dias.
Para os casos leves com quadro sintomático recomenda-se:
Repouso relativo, enquanto durar a febre;
Estímulo à ingestão de líquidos;
Administração de paracetamol ou dipirona em caso de dor ou febre;
Não administração de ácido acetilsalicílico;
Recomendação ao paciente para que retorne imediatamente ao serviço de saúde, em caso de sinais de alarme.
“Os pacientes que apresentam sinais de alarme ou quadros graves da doença requerem internação para o manejo clínico adequado”, alerta o Ministério da Saúde.
Sintomas da dengue
arte/g1
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