Com 3 mil casos e duas mortes, região de Piracicaba tem mutirão de combate à dengue neste sábado


Cidades participantes realizam ações de combate ao mosquito Aedes aegypti e orientações à população. Evento é promovido pela EPTV. Larvas do mosquito do Aedes aegypti, transmissor da dengue
Carlos Bassan/Prefeitura de Campinas
O “Dia D” da 8ª edição da Campanha Regional de Combate ao Aedes aegypti ocorre neste sábado (22), em 10 cidades da região de Piracicaba (SP). De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, a região já contabiliza 3.082 casos confirmados de dengue e duas mortes causadas pela doença.
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A campanha é realizada pela EPTV desde 2016 e as prefeituras que aderem são incentivadas a desenvolver ações simultâneas de combate ao mosquito.
Ao todo, 185 municípios participam da campanha este ano em todas as praças da emissora, que inclui as regiões de Campinas, Piracicaba, Ribeirão Preto, São Carlos e Sul de Minas. Na região de Piracicaba, participam as seguintes cidades:
Capivari
Cordeirópolis
Elias Fausto
Iracemápolis
Limeira
Nova Odessa
Piracicaba
Rio das Pedras
Santa Bárbara d’Oeste
São Pedro
Em Piracicaba, estão previstas ações no Terminal Central de Integração, com panfletagem, carro de som, além de mutirão e arrastão nos bairros.
Em Limeira, haverá um mutirão com mais de 80 servidores, entre agentes de combate a endemias, agentes de controle de zoonoses e agentes comunitários de saúde. O trabalho inclui ações de bloqueio, controle de criadouros e nebulização.
Cuidados redobrados no verão para evitar a transmissão da dengue e outras complicações.
Banco de Imagens
Casos na região
Em 2025, a região de Piracicaba soma 3.082 confirmações de dengue e duas mortes causadas pela doença. Os óbitos ocorreram em Santa Bárbara d’Oeste (SP) e São Pedro (SP). Confira os dados por cidade no quadro abaixo:

⚠️ O coeficiente de incidência, mostrado na última coluna do quadro, é um cálculo feito por autoridades de saúde que estima o risco de ocorrência de casos de dengue, em períodos endêmicos e epidêmicos, numa determinada população em intervalo de tempo determinado, segundo o Ministério da Saúde.
Esse cálculo é feito dividindo o número de casos novos confirmados de dengue em moradores pela população total do município, multiplicando esse resultado por 100 mil na sequência. Se a taxa ultrapassa 300 casos por 100 mil habitantes, é decretada emergência.
Índice de densidade larvária
O poder público também mede o cenário da dengue a partir da quantidade de larvas do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença, em uma determinada área. Essa medição ocorre pelo índice de densidade larvária (ADL).
Quando ele fica até 1, está satisfatório. Quando fica entre 1,1 e 3,9, indica situação de alerta. Já quando fica acima de 4, a situação é de risco.
Em Cosmópolis, segundo a prefeitura, o índice é de 3,9, que indica situação de alerta. Segundo a prefeitura, nesse período classificado como pré-epidêmico, a atuação da equipe vai de acordo com a localização dos casos, realizando as notificações confirmados e suspeitas.
Em Santa Bárbara d’Oeste, onde ocorreu uma morte neste ano, o índice mais recente de ADL foi 0,3. Segundo a prefeitura, em 2024 foi de 0,7, enquanto em 2022 e 2023 foi de 2,8.
Em São Pedro, que registrou o outro óbito, a densidade é de 0,33 atualmente. Desde 2022, o índice não passou de 1, conforme dados da prefeitura.
A Prefeitura de Capivari informou que o índice ainda não foi determinado neste ano em razão da enchente que atingiu a cidade em janeiro. Entretanto, este levantamento deve acontecer nas próximas semanas, acrescentou.
As demais prefeituras não informaram esses dados à reportagem.
Arrastão da dengue em Piracicaba
Prefeitura de Piracicaba
Orientações à população
🌡️ A dengue causa febre alta e repentina, dores no corpo, manchas vermelhas na pele, vômito e diarreia, resultando em desidratação.
🚨 Ao apresentar algum desses sintomas, o morador deve procurar uma das unidades de saúde da cidade para atendimento médico, segundo a Secretaria de Saúde.
Confira algumas medidas de prevenção:
Utilize telas de proteção com buracos de, no máximo, 1,5 milímetros nas janelas de casa;
Deixe as portas e janelas fechadas, principalmente nos períodos do nascer e do pôr do sol;
Mantenha o terreno limpo e livre de materiais ou entulhos que possam ser criadouros;
Tampe os tonéis e caixas d’água;
Mantenha as calhas limpas;
Deixe garrafas sempre viradas com a boca para baixo;
Mantenha lixeiras bem tampadas;
Deixe ralos limpos e com aplicação de tela;
Limpe semanalmente ou preencha pratos de vasos de plantas com areia;
Limpe com escova ou bucha os potes de água para animais;
Limpe todos os acessórios de decoração que ficam fora de casa e evite o acúmulo de água em pneus e calhas;
Coloque repelentes elétricos próximos às janelas (o uso é contraindicado para pessoas alérgicas);
Velas ou difusores de essência de citronela também podem ser usados;
Evite produtos de higiene com perfume porque podem atrair insetos;
Retire água acumulada na área de serviço, atrás da máquina de lavar roupa.
ARQUIVO: Veja reportagem sobre mutirão realizado em janeiro deste ano, em Piracicaba
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