Erika Januza sobre o real protagonismo do Carnaval: “Bastidores são lindos”

A atriz Erika Januza, 39, está na contagem regressiva para a chegada do Carnaval 2025. Rainha de bateria da Unidos do Viradouro, atual campeã da folia carioca, a artista pisará na Marquês de Sapucaí no domingo (2), defendendo, pelo quarto ano consecutivo, o pavilhão vermelho e branco de Niterói.

Enquanto o desfile oficial não chega, a famosa segue no comando do programa “Rainhas Além da Avenida”, exibido pelo GNT, onde conduz um encontro com as principais majestades do Grupo Especial do Rio de Janeiro.

 

“Carnaval, para mim, vem de outras vidas. É muito amor. Sou uma mineira apaixonada pelo Carnaval desde que era criança. E sempre foi um fascínio pelo que eu via na TV. Não era nem de ir para bloquinho, rua, algo assim. Eu sempre amei aquela imagem que eu via. E desde que vim para o Rio de Janeiro, fiz questão de me aproximar do Carnaval e nunca mais larguei”, conta em entrevista à CNN.

Indo além do glamour natural da folia, Erika reflete a importância de valorizar o que acontece longe dos holofotes. “Muito mais do que a gente vê no camarote, por exemplo, o que acontece nos bastidores é muito lindo. Muitas vezes é arrimo de família. Tem famílias inteiras que trabalham com o carnaval. Tem gente trabalhando o ano inteiro para fazer isso aqui acontecer”, diz. “Sou apaixonada por absolutamente tudo que envolve o carnaval, e essa admiração ultrapassa o que se vê em três dias”, garante.


Érika Januza é rainha de bateria da escola de samba Unidos do Viradouro
Érika Januza é rainha de bateria da escola de samba Unidos do Viradouro • Divulgação/@alexwoloch/Camarote Mar

Representatividade negra na passarela do samba

Ainda que o carnaval seja consolidado com raízes negras, Januza destaca a necessidade de dar visibilidade e protagonismo aqueles que, de fato, constroem o espetáculo, e que não estão na avenida somente por status. “Quando digo sobre representatividade é de maneira geral”, afirma.

“Outro dia, li alguém dizendo que ‘ficava um monte de gente branca assistindo o desfile, enquanto o pessoal preto estava limpando’. Ao mesmo tempo, enquanto a gente está construindo tudo isso no barracão, a maioria das pessoas que compõem aquele lugar são pessoas pretas. Elas têm aquilo na essência, sabe? Isso faz parte da arte, da ancestralidade, da história”, adiciona.

“É um lugar com tanta gente, com tantas musas que surgem e, às vezes, aquelas que estão ali há anos, ralando, não tem esse mesmo destaque. Então, eu acho que essa valorização tem que ser ao menos equilibrada. Todo o esforço precisa ser reconhecido”, reflete.

O que esperar da Viradouro no Carnaval de 2025?

Atual campeã do carnaval carioca, a Unidos do Viradouro buscará o quarto título a partir do enredo “Malunguinho: O Mensageiro de Três Mundos” que conta a história da entidade que se manifesta como Caboclo, Mestre e Exu/Trunqueiro.

Com assinatura de Tarcísio Zanon, o enredo retorna a primeira metade do século XIX, no estado de Pernambuco, no nordeste brasileiro, onde o quilombo do Catucá era foco de resistência e viu seu último líder, João Batista, o Malunguinho, ser duramente perseguido por seus atos libertários.

“Carnaval é isso, é um momento que as pessoas estão mais libertas, mais dispostas a viver, a ser feliz. Não que no restante do ano não tenha isso, mas no Carnaval é diferente. A nossa energia é diferente”, conclui a atriz.

Carnaval 2025: Erika Januza apresenta bastidores das rainhas

Este conteúdo foi originalmente publicado em Erika Januza sobre o real protagonismo do Carnaval: “Bastidores são lindos” no site CNN Brasil.

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