Evelyn Bastos ressalta importância dos enredos com temática afro: ‘Ninguém acha que é a mesma coisa quando falamos do continente europeu’

Evelyn Bastos, rainha de bateria da Estação Primeira de Mangueira há 12 anos, destacou a importância dos enredos com temática africana no Carnaval, na madrugada desta segunda-feira (3). Ela afirmou que são ensinamentos para a população que estão além do ensino oferecido nas escolas.
“A escola de samba, além do ensinamento formal, ela traz enredos e grandes enredos afro. Por mais que as pessoas achem que é a mesma coisa, mas não é. Ninguém acha que é a mesma coisa quando falamos do continente europeu. Então não podemos achar que é a mesma coisa quando falamos do continente africano.”, disse Evelyn.
A declaração acontece após a repercussão de falas do carnavalesco Paulo Barros em entrevista à Folha de Sao Paulo de que os “desfiles com temática africana são todos iguais, e ninguém entende nada”.
A rainha de bateria é professora de história e de educação física. Além disso, ela é diretora cultural da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) e presidente da Mangueira do Amanhã, escola Mirim que tem como objetivo formar novos talentos do samba.
“Precisamos falar da nossa origem, das nossas raizes, do nosso povo, da nossa ancestralidade”.
Evelyn acredita que a função da rainha de bateria vai além.
“Para mim, ser rainha de bateria é louvar e agradecer toda essa ancestralidade. É uma maneira especial de agradecer”.
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