Trump suspende envio de informações de segurança que ajudavam a Ucrânia na guerra contra a Rússia


Para tentar uma reaproximação dos Estados Unidos, Volodymyr Zelensky tem feito elogios e dito que está disposto a negociar um cessar-fogo liderado por Donald Trump. Trump suspende envio de informações de segurança que ajudavam a Ucrânia na guerra contra a Rússia
Reprodução/TV Globo
Nesta quarta-feira (5), Donald Trump suspendeu a transferência de informações do Serviço Secreto Americano para a Ucrânia. Os dados serviam para o país se defender e revidar os ataques dos russos.
O conselheiro de Segurança Nacional, Mike Waltz, e o diretor da CIA, John Ratcliffe, confirmaram que os Estados Unidos fizeram uma pausa no compartilhamento de informações com a Ucrânia, mas não deram detalhes sobre quais serviços seriam afetados.
Se a interrupção for total, os satélites americanos não vão mais informar aos ucranianos quando os russos estiverem fazendo um ataque aéreo em larga escala. Isso comprometeria seriamente a capacidade de a Ucrânia se defender em alguns meses ou até semanas. Mas, sem as coordenadas dos satélites, os ucranianos também terão dificuldades para atacar alvos em solo russo.
Esse foi mais um golpe duro para a Ucrânia depois do bate-boca público de sexta-feira (28) de Donald Trump, J.D. Vance e Volodymyr Zelensky no Salão Oval da Casa Branca. Na segunda-feira (3), o governo Trump já tinha anunciado uma suspensão da ajuda militar à Ucrânia.
Para tentar uma reaproximação, Zelensky tem feito elogios e dito que está disposto a negociar um cessar-fogo liderado por Trump. Diz também que está pronto para permitir que empresas americanas explorem minerais raros na Ucrânia. O Kremlin classificou como positiva a última carta do presidente ucraniano para Trump.
Volodymyr Zelensky vem fazendo uma maratona de conversas com os aliados da Europa. Nesta quarta-feira (5), ele ligou para vários líderes, como os primeiros-ministros da Alemanha e da Holanda. Na quinta-feira (6), a União Europeia vai discutir formas de aumentar rapidamente os investimentos em defesa e depender menos dos Estados Unidos.
O presidente francês, Emmanuel Macron, fez um pronunciamento em que afirmou que a Rússia está se tornando uma ameaça para toda a Europa:
“A Rússia viola acordos, invade países, interfere em eleições. Nesse contexto, quem acredita que a Rússia vai se conformar com a Ucrânia? Se um país invade outro impunemente, é a lei do mais forte que se aplica?”, ponderou Macron.
Ele disse que espera que o governo americano continue a ajudar a Ucrânia e a Europa, mas que os europeus precisam estar preparados caso os Estados Unidos não continuem ao lado deles.
Macron prometeu dobrar o efetivo do Exército francês nos próximos cinco anos.
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