Acidente que pode ter matado Prigozhin ocorre 2 meses depois de rebelião do Grupo Wagner

A queda de um avião no qual o chefe do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, estaria a bordo nesta quarta-feira (23) ocorre exatamente dois meses após a rebelião do grupo paramilitar contra o alto escalão do governo russo.

Segundo a agência estatal russa de notícias TASS, Prigozhin está na lista de passageiros do avião que caiu enquanto fazia o trajeto entre as cidades de Moscou e São Petersburgo, na Rússia.

A aeronave, fabricada pela brasileira Embraer, tinha a bordo sete passageiros e três tripulantes. Segundo a TASS, os dez ocupantes morreram na queda. Ainda não há, no entanto, confirmação oficial da morte de Prigozhin.

Rebelião do Grupo Wagner

Uma “empresa militar privada”, o Grupo Wagner, chefiado por Prigozhin, esteve à frente de grande parte das vitórias russas durante a guerra contra a Ucrânia.

No dia 23 de junho deste ano, Prigozhin acusou a liderança militar russa de atacar um de seus acampamentos militares e matar uma “grande quantidade” de integrantes de suas forças mercenárias. Ele afirmou que o Ministério da Defesa russo enganou o Grupo Wagner e prometeu “responder a essas atrocidades”.

Prigozhin disse que suas forças iriam “destruir” qualquer resistência, incluindo bloqueios de estradas e aeronaves. “Somos 25 mil e vamos descobrir por que existe tanto caos no país”, disse ele.

Ele marchou com suas forças paramilitares em direção à capital russa, assumindo o controle de instalações militares em duas cidades do país.

No entanto, o levante do grupo mercenário durou poucas horas. Um acordo de trégua foi negociado com o intermédio do presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, aliado de longa data do líder russo, Vladimir Putin, que afirmou que o convenceu a não “destruir” o Grupo Wagner e seu líder após a rebelião.

Desde então, Prigozhin foi visto publicamente apenas duas vezes. A primeira em 19 de julho, quando apareceu em um vídeo em Belarus, aparentemente cumprimentando os combatentes de Wagner em uma base em Asipovichy.

E depois na Rússia, no dia 27 de julho, Prigozhin foi visto em São Petersburgo em um encontro à margem da cúpula Rússia-África.

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