Líder religioso denuncia ataque com spray de pimenta durante celebração em terreiro de umbanda em Bauru


Vítimas relatam intolerância religiosa após vizinha lançar substância contra frequentadores do local neste sábado (22). Ao g1, a mulher negou as acusações e alegou perturbação de sossego. Líder religioso denuncia ataque durante celebração em terreiro de umbanda em Bauru
O líder religioso de um terreiro de umbanda registrou um boletim de ocorrência na manhã deste domingo (23) após um suposto ato de intolerância religiosa ocorrido na noite de sábado (22), no bairro Madureira, em Bauru (SP).
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Segundo o registro da ocorrência, por volta das 21h30, durante uma celebração religiosa, a vizinha da casa onde ocorre a celebração teria lançado spray de pimenta contra os frequentadores do local através do muro e pela porta de entrada do espaço.
Ao g1, Kauê de Oliveira Galhardo contou que no local havia crianças de colo, idosos e pessoas autistas, que, inclusive, precisaram passar por atendimento médico após o ocorrido. Além disso, segundo ele, todas as pessoas que participavam da celebração tiveram que deixar a área.
O líder religioso relatou que as celebrações foram transferidas para o local há cerca de um mês e que vêm sofrendo retaliações da vizinha desde que começaram.
“Ela falou que o cheiro da nossa defumação, que é um ritual que a gente faz antes de começar a gira, entrava na casa dela e fedia a casa dela e que se ela escutasse qualquer barulho de atabaque ou qualquer coisa do tipo, ela iria chamar a polícia, porque o marido dela é policial”, conta.
Uma frequentadora gravou o momento em que o local precisou ser evacuado. (Assista acima).
Frequentadores de terreiro de umbanda em Bauru (SP) precisaram deixar o local
Arquivo pessoal
Kauê também apresentou ao g1 um alvará de funcionamento do centro religioso em seu nome, afirmando que o local está apto a receber celebrações religiosas. O documento é assinado pela Federação Afro-Brasileira de Magias Ocultas (Flamb).
Denúncia de perturbação de sossego
O g1 entrou em contato também com a vizinha do terreiro, que não quis se identificar. Por telefone, ela afirmou que o incômodo com as atividades do centro religioso está relacionado à perturbação de sossego, por conta do barulho alto.
A vizinha também contou que, no sábado (22), registrou outro boletim de ocorrência por perturbação de sossego e que há um abaixo-assinado entre os moradores que concordam com sua posição.
Ainda ao g1, a mulher negou as acusações e disse que, em nenhum momento, jogou qualquer tipo de substância contra o local e que seu muro tem mais de três metros de altura.
No registro da ocorrência inicial, Kauê afirma que acredita que se trata de intolerância religiosa, uma vez que, também ao lado da casa da vizinha, há uma igreja evangélica sobre a qual ela nunca se manifestou a respeito do barulho provocado.
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