Justiça japonesa retira reconhecimento legal da seita Moon

Sede da Igreja da Unificação em TóquioKazuhiro Nogi

Kazuhiro NOGI

Um tribunal japonês ordenou nesta terça-feira (25) a dissolução da seita Moon, uma influente organização religiosa questionada desde o assassinato do ex-primeiro-ministro Shinzo Abe em 2022.

O tribunal distrital de Tóquio “emitiu uma ordem de dissolução” do braço japonês da Igreja da Unificação, fundada na Coreia do Sul por Sun Myung Moon e conhecida como seita Moon, retirando o reconhecimento legal, disse à AFP um porta-voz do Ministério da Educação.

O ex-primeiro-ministro Abe foi assassinado a tiros durante um comício eleitoral em 2022, supostamente por um homem ressentido com a Igreja da Unificação.

O assassino estaria revoltado porque sua mãe havia doado 100 milhões de ienes (equivalente a um milhão de dólares na época) à igreja.

As investigações sobre o assassinato de Abe revelaram os vínculos entre a seita e vários parlamentares conservadores do partido no governo, o que provocou a renúncia de quatro ministros.

A igreja é acusada de pressionar seus fiéis por doações que os deixam na ruína, mas nega qualquer irregularidade.

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