Após relatório apontar atrasos no pagamento, JEC esclarece situação da recuperação judicial

Aprovada em março de 2023 e homologada em junho do mesmo ano, a recuperação judicial do JEC segue sendo paga pelo clube enquanto dentro de campo o Tricolor voltou para a Série D.

Relatório aponta atraso no pagamento da recuperação judicial do JEC – Foto: Reprodução/ND

No entanto, dois pontos específicos chamaram a atenção no relatório divulgado pela administração judicial em fevereiro. Com vencimento em janeiro, a 20ª parcela não foi paga pelo JEC, diferente do que aconteceu nos meses anteriores. Em dezembro, por exemplo, foram R$ 42.266,69 de 167 pagamentos.

“Em relação a 20ª parcela, com vencimento em janeiro de 2025, informa-se que, até a data de conclusão deste relatório, não foi apresentado qualquer documento que comprove o pagamento dessa obrigação”, diz o documento.

De acordo com André Gusthavo Behnke, responsável financeiro do clube, houve de fato atraso no pagamento.

“Isso realmente acontece. Tivemos atrasos em janeiro e um atraso pontual em fevereiro. Eles também monitoraram todo esse fluxo de pagamentos e é o dever do AJ colocar esse tópico no relatório de atividades, que inclusive esse tópico cairá por terra já agora no relatório de atividades de março, porque a RJ voltou a estar em dia, as parcelas voltaram a estar em dia. Foi atraso de no máximo 30 dias de quebra”, fala.

Behnke explica que o JEC tem um recurso destinado exclusivamente para o pagamento da recuperação judicial. No entanto, a origem deste recurso teve problema no fluxo de caixa e, por consequência, atrasou o repasse ao clube.

“Consequentemente atrasou em 30, 35 dias os pagamentos da recuperação judicial. Porém já estão todos em dia. Agora em março já equalizamos 100% as parcelas e elas estão em dia. Estamos chegando na 22ª parcela do pagamento da recuperação judicial ultrapassando a marca de R$ 900 mil pagos”, salienta.

Administrador judicial aponta atraso do JEC no pagamento de honorários – Foto: Reprodução/ND

Além disso, o relatório aponta também atraso no pagamento à própria administradora. “Os honorários desta administração judicial estavam com quatorze parcelas em aberto até a finalização do presente relatório”.

O clube admite o atraso do pagamento. “Realmente constam valores em aberto, na totalidades de 14 parcelas. Começamos a colocar alguma coisa em dia e ainda estamos devendo uma apresentação, um plano de desembolso de caixa para quitar essas parcelas atrasadas. Então,  fizemos o repasse de algumas parcelas que estão atrasadas. Porém, ainda não conseguimos equalizar todo o saldo devedor ao administrador judicial”, diz.

O próximo relatório deve ser divulgado na primeira semana de abril.