Amazon altera configurações de privacidade da Alexa; o que muda no Brasil?

A Amazon alterou as configurações de privacidade da Alexa a partir desta sexta-feira (28), segundo o site norte-americano Ars Technica. De acordo com o portal, a big tech enviou um e-mail para seus clientes dos Estados Unidos avisando que não disponibilizará mais a opção que permite que o usuário impeça o aparelho envie para a empresa o histórico de gravações de voz.

Isso significa que todas as interações de voz gravadas pela Alexa serão enviadas para a Amazon e processadas pela empresa, que poderá processar as informações. O anúncio vem semanas antes do lançamento global da Alexa+, versão que acrescenta inteligência artificial à assistente virtual da empresa fundada por Jeff Bezos.

Para os usuários brasileiros, no entanto, nada deve mudar. A opção de impedir que criava privacidade sobre as gravações da Alexa nunca esteve disponível no Brasil. Apesar disso, ainda existe uma série de medidas que podem ser tomadas por quem busca proteger seus dados e minimizar sua exposição à Amazon através do aparelho.

Em entrevista à CNN, o gerente de TI da Leste, Tiago Arruda, deu dicas para quem quer se cercar melhor. Segundo ele, os dois primeiros passos são desativar a opção de salvar as gravações na Alexa e também impedir o acesso da assistente virtual a informações pessoas, como histórico de compras e contatos.

“Muitas vezes as pessoas acabam armazenando o cartão de crédito para compra rápida. Geralmente, [é melhor] perder alguns minutinhos na hora de uma compra do que você ter essa facilidade de ter algo sempre à disposição de maneira muito rápida. Parece que vamos perder tempo, mas podemos estar ganhando muito lá na frente e evitar uma dor de cabeça muito grande”, defendeu.

Outra possibilidade é limitar o tempo ativo da Alexa, seja desligando o aparelho da tomada ou desativando os comandos de voz por um tempo, para que ela colete menos dados.

“É uma ação, apesar de ser drástica, muito importante, se não impactar em nenhuma rotina dentro da casa.”

A CNN entrou em contato com a Amazon, e a empresa afirmou que continua “trabalhando para proteger a privacidade de nossos clientes e manter seus dados seguros”.

“Os clientes continuam tendo a disposição um conjunto abrangente de ferramentas de controles, incluindo a opção de não salvar suas gravações de voz”, diz a big tech.

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