No Lolla, Bush mostra que o grunge continua vivo. Mas respira por aparelhos


Banda britânica dos anos 1990 tocou no festival em São Paulo neste domingo (30) e entregou show simples, sofrido e okzinho para plateia nostálgica. Bush se apresenta no Lollapalooza 2025
Van Campos/AgNews
Em um de seus últimos shows no Brasil, o Bush sequer conseguiu encher o Credicard Hall, casa para 5 mil pessoas em São Paulo. Neste domingo (30) de Lollapalooza, a banda britânica comprovou a máxima de que festivais potencializam shows de bandas decadentes.
Como assistir aos shows? Clique aqui para ver no Globoplay. Ou aqui para ver em 4K
TEMPO REAL: Acompanhe tudo o que acontece no Lollapalooza 2025
O grupo liderado pelo vocalista e guitarrista Gavin Rossdale, único remanescente da formação original de 1992, fez um show direto, okzinho e com uma sofrência grunge bem recebida por uma plateia considerável. Há de ser levado em conta que o Foster The People, nome do rock mais recente e menos datado estava tocando no palco principal no mesmo horário.
Integrante da segunda e menos impactante leva do grunge, estilo que unia rock alternativo, punk e metal com letras angustiadas, o Bush encheu o setlist com metáforas de sofrimento.
Duas das mais cantadas seguem essa cartilha: “Swallowed”, sobre a sensação de ser engolido, foi tocada em tenebroso arranjo voz e coral gravado; e a balada imbatível “Glycerine”, sobre o medo de se relacionar com alguém explosivo.
O show começou com “Everything Zen”, quando o vocalista pediu para que o som da guitarra fosse abaixado um pouco. Mais confortável com a nova equalização, ele se soltou na sequência, com os bons rocks singelos “Machinehead” e “The Chemicals Between Us”.
As canções de arranjos rudimentares e letras não exatamente elaboradas embalaram uma massa dominadas por fãs com camisas pretas de ícones roqueiros em geral (Pearl Jam, Dead Kennedys, Offspring, Pink Floyd). Se um vendedor ambulante da galeria do rock passasse por ali, esgotaria todo seu estoque. Afinal, o Sepultura tocaria mais tarde no mesmo palco.
Representantes do tempo em que bandas como eles vendiam mais de 20 milhões de álbuns, o Bush mostrou que o grunge ainda está vivo. Não se sabe ainda por quanto tempo.
Cartela resenha crítica g1
g1
VÍDEOS Lollapalooza 2025: os maiores destaques do festival
Adicionar aos favoritos o Link permanente.