Taxa de pessoas desocupadas no RS aumenta nos três primeiros meses do ano, aponta IBGE

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Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua mostra que taxa ficou em 5,4% no estado no período. Nos quatro últimos meses de 2022, era de 4,6%. Taxa de desocupados no Rio Grande do Sul aumenta nos três primeiros meses do ano
A taxa de pessoas desocupadas no Rio Grande do Sul aumentou nos três primeiros meses deste ano. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do IBGE, a desocupação no estado ficou em 5,4% no período. Nos quatro últimos meses de 2022, era de 4,6%.
A taxa aumentou em relação ao período imediatamente anterior, mas na comparação com os três primeiros meses de 2022 – 7,5% – a desocupação diminuiu. O percentual atual deixa o RS entre os cinco estados com menor índice de desocupação do país, atrás apenas de Mato Grosso do Sul (4,8%), Mato Grosso (4,5%), Santa Catarina (3,8%) e Rondônia (3,2%).
”Embora a gente saiba que no primeiro trimestre do ano há uma rearrumação do mercado de trabalho, também com relação aos empregos temporários. Então, há, historicamente, essa redução na taxa de ocupação”, explica a coordenadora do Observatório do Trabalho da Universidade de Caxias do Sul (UCS), Lodonha Soares.
Dados do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas de Caxias do Sul e região (Simecs) mostram que nos primeiros meses deste ano foram quase 2,3 mil vagas de emprego a mais que no mesmo período do ano passado. O cenário é motivado especialmente pelo agronegócio, o que deve mudar nos próximos meses, segundo especialistas.
”O agro ainda está puxando, mas o restante da indústria de transformação vem caindo, e a indústria automotiva tá mostrando agora que deu um arrefecimento bastante forte, com muitas montadoras parando. Com essa parada da indústria automotiva nós temos estabilidade de empregos em algumas empresas que não querem demitir ainda, mas já começa a ter um decréscimo de demanda e possivelmente de emprego”, avalia o vice-presidente de Relações Institucionais do Simecs, Rubem Antonio Bisi.
A instabilidade na economia mundial impacta diretamente na abertura de vagas na indústria metalmecânica. Em uma empresa da Serra do RS, as contratações diminuíram 70% nos primeiros meses deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado.
”O cenário global impactou muito. Sobre a questão da guerra na Europa, tivemos um impacto bem significativo. No cenário brasileiro, nós tivemos uma redução significativa na indústria automotiva, e toda rede enfrenta essa redução”, diz a gestora de RH da empresa, Bibiana Sasso.
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