A colaboração de Mauro Cid é a nova ‘delação do fim do mundo’?

A delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, vai ter um impacto no mundo político bem maior do que se imagina. A colaboração atingirá não somente o ex-presidente da República, como o bolsonarismo em sua totalidade.

Na decisão de hoje, o ministro Alexandre de Moraes aceitou a colaboração de Cid no âmbito do inquérito 4.874-DF. Essa investigação é a que trata das milícias digitais. É a apuração pai, da qual outras são derivadas: joias, fraudes no cartão de vacina, fake news, ataques às urnas etc.

Para quem não lembra, além de Jair Bolsonaro e sua esposa, Michelle, essa investigação mira também vários aliados do ex-presidente como o advogado Frederick Wassef, o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), o ex-blogueiro Allan dos Santos, integrantes do chamado gabinete do ódio, entre outros personagens.

A investigação foi instaurada em julho de 2021 e foi prorrogada por seis vezes. O inquérito apura a “existência de uma organização criminosa” que ser articularia em vários núcleos: político, publicação, produção e financiamento.

Em 2016, a delação de 70 executivos da Odebrecht no âmbito da Lava Jato foi considerada a “delação do fim do mundo” pelo seu potencial explosivo. A delação de Mauro Cid também tem esse potencial, embora restrito ao Bolsonaro e aliados.

Tudo, porém, vai depender do que Cid irá delatar.

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