Funcionário suspeito de conseguir biometria de clientes e abrir contas com dados é investigado em SC


Crimes aconteceram em Joinville, fizeram ao menos 50 vítimas e motivaram uma operação policial em SC, SP e RJ. Polícia Civil investiga homem por roubar biometria facial de clientes em venda de telefonia
Polícia Civil/Divulgação
A Polícia Civil investiga um homem apontado por coletar a biometria facial de clientes de empresas de telefonia e usar os dados para abrir contas e conseguir crédito. Os crimes aconteceram em Joinville, no Norte de Santa Catarina, fizeram ao menos 50 vítimas e motivaram uma operação policial.
Batizada de “Fakemetria”, a ação cumpriu quatro mandados de busca e apreensão em São Paulo (SP), Volta Redonda (RJ) e no município catarinense na sexta (4). Os detalhes foram divulgados pelo delegado Vinicius Ferreira na terça (8) (entenda o esquema mais abaixo).
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Conforme a investigação, o crime era praticado apenas pelo funcionário e sem o conhecimento das empresas de telefonia em que ele trabalhava. Ao simular vendas regulares de linhas de celular, o suspeito conseguia a validação de biometria das vítimas. A suspeita é de que os golpes aconteceram em 2024.
Conforme a Polícia Civil, a fraude só era descoberta quando as vítimas ficavam negativas nos serviços de proteção ao crédito pelas instituições financeiras com as quais nunca mantiveram qualquer tipo de relacionamento.
Alvo dos mandados de busca e apreensão, o suspeito deixou Santa Catarina após os crimes. Na sexta-feira, ele foi interrogado após se apresentar com o advogado e liberado na sequência. O caso segue em investigação.
Estima-se que o golpe pode ter lesionado mais de 50 pessoas físicas e jurídicas entre clientes, fintechs do setor bancárias e operadoras de telefonia, com mais de 1500 reclamações relatando consignados não contratados ao órgão de proteção ao consumidor de Joinville.
🤔 PARA SABER: Os dados biométricos sensíveis são protegidos pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), sendo um direito fundamental do cidadão previsto na Constituição Federal, inclusive nos meios digitais. A informação é da Polícia Civil.
Fiscalização em empresas
Além da operação na sexta, uma fiscalização conjunta entre Polícia Civil, a Secretaria de Estado da Fazenda e o Procon de Joinville, foi feita nas lojas da empresa vinculadas à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). O objetivo era orientar as práticas da empresa para evitar novos caso.
Como denunciar
WhatsApp da Polícia Civil: (48) 98844-0011.
Delegacia virtual: delegaciavirtual.sc.gov.br.
Polícia Militar: 190.
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