Eduardo Bolsonaro: carreira política e influência no conservadorismo brasileiro

Filho do ex-presidente Jair Bolsonaro e um dos nomes de maior influência na política brasileira, Eduardo Bolsonaro, 35 anos, é deputado federal por São Paulo (atualmente licenciado). Em 2018, foi o deputado mais votado da história do país, segundo dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Eduardo Bolsonaro e o pai, Jair Bolsonaro – Foto: Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agencia Brasil/ND

Quem é Eduardo Bolsonaro?

Eduardo Nantes Bolsonaro nasceu em 1984 no município de Resende, no estado do Rio de Janeiro. Ele é um dos filhos de Jair Bolsonaro, fruto do primeiro casamento com Rogéria Bolsonaro.

De acordo com a numeração militar utilizada pelo ex-presidente para se referir aos filhos em ordem cronológica, Flávio é o 01; Carlos, o 02; Eduardo, o 03; e Renan, o 04. Laura, ou “Laurinha”, fica de fora da contagem.

Da esquerda para a direita: Flavio, Carlos, Jair, Eduardo e Renan Bolsonaro – Foto: Foto: Eduardo Bolsonaro/@bolsonarosp/Twitter

Eduardo se formou em Direito pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) em 2008. Depois, foi aprovado no concurso federal como escrivão da Polícia Federal, onde atuou entre 2010 e 2015, até assumir o cargo de deputado federal.

O filho 03 é considerado o mais esportista dentre os herdeiros do ex-presidente e é apaixonado por surfe. Em 2021, se casou com a psicóloga Heloísa Wolf, em cerimônia que contou com 150 convidados. Ele frequenta clubes de tiro e tem agenda pró-armamento.

Carreira como deputado federal

Eduardo Bolsonaro se filiou ao PSC (Partido Social Cristão) em 2014 e foi eleito deputado federal por São Paulo. Teve cerca de 80 mil votos, usando o nome do pai. Em 2018, conseguiu à reeleição, pelo PSL (Partido Social Liberal), com 1.843.735 votos, segundo dados do TSE, sendo o mais votado da história do país.

Alinhado ideologicamente com Jair Bolsonaro, Eduardo defende pautas conservadoras como a escola sem partido, é a favor do armamento, manifesta oposição ao casamento homoafetivo e se posiciona contra a políticas de cotas.

Deputado Eduardo Bolsonaro em discurso na Câmara dos Deputados – Foto: Foto: Najara Araujo/CD via Agência Senado/ND

Em 2019, o nome de Eduardo foi considerado por Bolsonaro para a embaixada brasileira nos Estados Unidos, mas a reação negativa à indicação levou a uma alteração nos planos.

No ano de 2020, Eduardo Bolsonaro foi alvo de investigação pela CPMI das Fake News, uma comissão parlamentar de inquérito do Congresso Nacional destinada a apurar o compartilhamento de notícias falsas.

O auge como deputado foi em 2023, quando participou de 341 propostas legislativas no Congresso Nacional. Sete eram Projetos de Lei, sendo que apenas três partiram do seu gabinete.

Em março de 2025, Eduardo anunciou em vídeo nas redes sociais que tirou licença do cargo de deputado federal para morar nos Estados Unidos. Segundo ele, tomou essa decisão devido às “perseguições políticas” que ele e o pai estariam enfrentando no Brasil.

Relação com a política externa e influência na direita brasileira

Eduardo Bolsonaro se consolidou como uma figura influente na direita brasileira. A atuação do deputado foi além do papel de parlamentar, moldando debates, mobilizando apoiadores e estabelecendo conexões na política externa.

Ele herdou e ampliou a forte presença digital, característica do bolsonarismo. O pai e os filhos Bolsonaro são conhecidos por utilizar as redes sociais para disseminar opiniões, engajar a base de apoio e discordar de opositores.

Alinhado a pautas conservadoras nos costumes e liberais na economia, Eduardo atua como um dos principais porta-vozes dessas ideias no país. Participa de eventos, concede entrevistas e publica conteúdo que reforça os valores e princípios defendidos pela direita brasileira.

Eduardo também estabeleceu laços com figuras e movimentos da direita internacional, especialmente nos Estados Unidos, com aliados de Donald Trump, e na América Latina. Especialistas políticos apontam que desde as eleições de 2018, Eduardo se articula com os EUA, para tentar ser uma liderança das Américas da extrema direita.

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