Irmão de deputada do PSOL, médico morto no Rio tentou ser legista da Polícia Civil de SP

O médico Diego Ralf de Souza Bomfim, 35 anos, executado na madrugada desta quinta-feira (5) no Rio de Janeiro, tentou fazer parte do quadro de agentes da Polícia Civil de São Paulo.

Ele era irmão da deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) e se inscreveu no ano passado em um concurso para médico legista da corporação. O salário era de R$ 8.699,94 e havia 189 vagas abertas.

Diego chegou até a quarta e penúltima etapa da seleção, a prova oral, que foi realizada em maio deste ano, mas não foi adiante. Ele foi sido aprovado até a etapa anterior, de comprovação de idoneidade, segundo informações disponíveis no Diário Oficial do Estado de São Paulo.

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O legista é o profissional que investiga a causa das mortes das pessoas no Instituto Médico Legal (IML).

Relembre o caso

Três médicos ortopedistas foram assassinados em um ataque a tiros no Rio nesta quinta-feira (5). Uma quarta vítima ficou ferida e está internada.

Os quatro foram socorridos por bombeiros, mas três deles morreram no local.

A Polícia Militar do Rio de Janeiro informou que policiais do 31° BPM (Recreio dos Bandeirantes) foram chamados para atender a uma ocorrência de homicídio na Avenida Lúcio Costa, na praia do bairro. Chegando lá, encontraram as quatro vítimas baleadas.

O grupo estava na cidade para participar do 6º Congresso Internacional de Cirurgia Minimamente Invasiva do Pé e Tornozelo, evento internacional com apoio da Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé, entidade que os médicos faziam parte.

Quem eram as vítimas?

Diego Bomfim

Diego Ralf de Souza Bonfim era irmão da deputada federal Sâmia Bonfim (PSOL-SP) e se especializou em reconstrução óssea pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia (IOT) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).

Marcos Corsato

Marcos de Andrade Corsato era médico assistente do grupo de Tornozelo e Pé do IOT da FMUSP. Ele fez graduação e mestrado em ortopedia e traumatologia na USP.

Perseu Almeida

Perseu Ribeiro Almeida se formou em medicina pela Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC) de Salvador, fez residência em ortopedia e traumatologia pelo COT e se especializou em cirurgia em pé e tornozelo pelo IOT da FMUSP.

Testemunha descreve crime

Uma testemunha disse à CNN que “foi tudo rápido e assustador”. “Estava do lado do ocorrido, tomando uma cerveja, comendo. Aí a gente ouviu um barulho. Parecia garrafa quebrada. Quando deu o segundo ou terceiro barulho idêntico, a gente percebeu que era tiro. Aí a gente desceu correndo pra orla da praia”.

“Quando deu um minuto mais ou menos, eu voltei. Tinha deixado meus pertences na mesa, não tinham roubado nem nada. Então a gente percebeu que não foi um assalto, já tinham ido embora. Acho que eram dois ou três elementos ali. Enfim, foi tudo muito rápido e assustador, minha primeira experiência no Rio de Janeiro foi horrível”, disse a testemunha que não quis se identificar.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Irmão de deputada do PSOL, médico morto no Rio tentou ser legista da Polícia Civil de SP no site CNN Brasil.

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