EUA não têm “informações diretas” que liguem Irã ao ataque do Hamas em Israel

Nesta segunda-feira (9), o vice-conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jon Finer, reiterou que, embora os EUA acreditem que o Irã é “amplamente cúmplice” dos ataques do Hamas em Israel, os EUA não têm neste momento “informações diretas” que liguem o Irã aos ataques.

“O que podemos deixar bem claro é que o Irã é amplamente cúmplice nesses ataques por apoiar o Hamas há décadas”, disse Finer durante uma aparição no programa “Good Morning America” da emissora americana ABC, citando como exemplo o apoio mediante armas, treinamento e outros aportes financeiros ao Hamas.

Veja: Irã nega envolvimento nos ataques do Hamas contra Israel

“O que não temos é informação direta que mostre o envolvimento iraniano na ordenação ou planejamento dos ataques que ocorreram nos últimos dias. É algo que continuaremos observando de perto”, completou.

Em outra aparição no “CBS Mornings”, Finer disse que os EUA estarão “focados” em confirmar a presença de qualquer americano entre os reféns feitos pelo Hamas, dizendo esperar que a questão “aumente cada vez mais ao longo dos próximos dias”.

O Hamas alega ter capturado mais de 100 reféns neste ataque, incluindo militares de alto escalão. Ao menos 9 cidadãos americanos foram mortos desde o início do conflito, no sábado (7).

Os EUA estão preparados para oferecer “conhecimento especializado sobre como lidar com estas situações de reféns”, disse ele.

Finer também previu que a resposta israelense “continuará por algum tempo”, prometendo que haveria “mais medidas dos EUA para mostrar apoio e solidariedade a Israel”.

Irã negou envolvimento com ataque

A missão iraniana na ONU disse, em um comunicado à CNN, que o Irã não está envolvido nos ataques do Hamas.

“Apoiamos enfaticamente a Palestina; no entanto, não estamos envolvidos na resposta da Palestina, uma vez que ela é tomada exclusivamente pela própria Palestina”, afirmou o comunicado.

O Irã tem sido repetidamente acusado de tentar armar o Hamas e outros grupos no seu esforço para atacar por procuração.

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