Dia sagrado para judeus causa temor de novos ataques, diz brasileiro que vive em Israel

A religião judaica dedica o sétimo dia da semana ao descanso e a orações, no chamado shabat, que tem início no entardecer de sexta-feira até a noite de sábado.

À CNN Rádio, o brasileiro Ilan Ejzykowicz, que vive em Holon, em Israel, há seis anos, destacou que este dia sagrado causa temor neste momento: “Ficamos tensos se vão nos atacar.”

As famílias costumam não utilizar tecnologias durante o Shabat e mais ortodoxos deixam até de dirigir.

“Pensamos como que as famílias vão levar essa dinâmica, já que ficamos tensos tendo que correr para bunkers a todo momento”, disse.

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Segundo Ilan, até o momento, a sexta-feira está “relativamente tranquila”, com poucos ataques das forças do grupo radical islâmico Hamas.

O brasileiro afirmou que as pessoas próximas a ele “se compadecem” com a situação dos civis na Faixa de Gaza.

“Israel de maneira coerente sempre que foi atacado atacou de volta, levando civis israelenses sequestrados para dentro de Gaza era óbvio o que aconteceria”, defendeu.

Ele opinou que o “Hamas sabia que colocaria civis em perigo” e “é triste ver que o grupo se preocupa tão pouco com seus civis.”

Ilan contou que tem “sentimentos conflitantes” sobre a possibilidade de voltar ao Brasil.

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Ele se inscreveu em um dos voos de repatriação, mas disse que “não necessariamente vai pegá-lo.”

Ao mesmo tempo que tem uma vida em Israel, o brasileiro disse que a memória do Holocausto na Europa permanece viva: “Existe o sentimento de que os judeus poderiam ter fugido antes, assim como a minha família, que teve diversas pessoas executadas em campos de concentração.”

Dessa forma, ele diz ponderar “se não estamos saindo [do país] na hora certa”.

*Com produção de Isabel Campos

Este conteúdo foi originalmente publicado em Dia sagrado para judeus causa temor de novos ataques, diz brasileiro que vive em Israel no site CNN Brasil.

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