Waack: Guerra e política são o campo do imprevisível

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Os governos dos Estados Unidos, Reino Unido e Alemanha estão pedindo que seus cidadãos saiam o mais rápido possível do Líbano.

O motivo é o temor de que o conflito hoje centrado na Faixa de Gaza se amplie para outras regiões, especialmente na área de fronteira entre o norte de Israel e o sul do Líbano, governado por uma milícia bem mais forte do que o Hamas, o Hezbollah, grupo xiita abertamente aliado ao Irã.

Mas não só. Um navio de guerra americano operando no Mar Vermelho derrubou três mísseis de cruzeiro e vários drones disparados por rebeldes do Iêmen, também ligados ao Irã, e que estariam voando em direção à área de Israel.

O temor de ampliação da guerra está diretamente ligado às ações que Israel adotará em breve, segundo o próprio governo israelense. É a invasão por terra da Faixa de Gaza, única maneira que Israel tem de realizar seu objetivo declarado de destruir totalmente o Hamas, o grupo que comandou as atrocidades terroristas do último dia sete.

É uma operação militar que depende e, por sua vez, condiciona a política, tanto em Israel quanto no Oriente Médio e ao redor do mundo.

A quantidade de soldados e material pesado que Israel concentrou nos arredores de Gaza sugere a maior operação militar combinada desde a longa guerra do sul do Líbano com o Hezbollah há quase vinte anos. Mas não se tem mais do que poucas indicações sobre o que virá depois da operação militar, que deverá durar várias semanas.

Operações militares grandes e longas, como a que parece que vai se iniciar em Gaza, sempre começam sugerindo que resultados definitivos serão atingidos em breve. Mas a guerra e a política são o campo do imprevisível.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Waack: Guerra e política são o campo do imprevisível no site CNN Brasil.

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