Ministros do STF falam em “punição dura” em caso de espionagem da Abin

A descoberta pela Polícia Federal (PF) de um esquema de “espionagem” na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) foi vista como um fato grave por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que passaram a defender nos bastidores uma punição dura aos envolvidos no caso.

De acordo com a PF, entre os alvos dos monitoramentos ilegais feitos pelos servidores da Abin estavam adversários políticos de Jair Bolsonaro, jornalistas e integrantes da suprema corte.

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Dois ministros ouvidos pela CNN disseram que já havia desconfiança no STF de que ações como essas podiam ter ocorrido durante a gestão Bolsonaro.

Um deles afirmou que, diante do ambiente de intenso ataque que a Corte sofreu, era de se imaginar que o bolsonarismo pudesse tentar algo neste sentido.

Ambos os ministros afirmaram que é preciso que a investigação chegue aos mandantes do esquema de espionagem e que haja punição severa a toda a cadeia, ou seja, responsabilização dos mandantes.

De acordo com fontes da PF, o monitoramento ilegal de pessoas ocorreu de 2019 a 2021, e centenas de pessoas foram espionadas.

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