Flavio Goldberg: Sionfobia e o terrorismo contra Israel

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Flavio Goldberg: Sionfobia e o terrorismo contra IsraelReprodução / Flipar

Entre as variáveis demográficas, políticas, jurídicas, históricas e sociais que envolvem o conflito entre Israel e palestinos, existe um fator de origem religiosa primitiva e selvagem quem compõe a violência criminosa que leva os terroristas a cometerem brutalidades que escandalizam o mundo como estupro de jovens paralíticas, degolar bebês e um rol de sacrifício que tem caráter de ritual satânico, inclusive pelo furor e celebração dos atos perpetrados a sangue frio, num espetáculo dantesco.

Com base na perversa deturpação histórica que atribui a morte de Jesus à responsabilidade pela crucificação, o anti-semitismo se transforma no caldo de político-ideológico e cultural que culmina no nazismo, comunismo e tendências criminosas que reúnem – desde traficantes de drogas – até patologias apocalípticas.

Essa desrazão ancorada na versão repelida pelo papa João XXIII, eis que a pena de morte na época de Jesus, segundo a Lei Judaica, era a lapidação, o apedrejamento e não a crucificação, pena esta do Direito Romano representado pelo domínio romano na Terra Santa, sob o comando de Pôncio Pilatos, o que se caracteriza de maneira indelével “JNRJ”, Jesus de Nazaré, Rei dos Judeus, isto sim a confirmação da morte de quem representava um anseio messiânico hebreu.

Desde a Idade Média, e não por acaso, ainda agora, na ONU por Antonio Guterres. Inquisição essa que fez com que a maioria esmagadora de descendentes portugueses, no Brasil, tenham a genealogia de cristãos-novos que se converteram para fugir das fogueiras da Inquisição.

Essa sionfobia não pode admitir para correntes extremistas muçulmanas, esquerdistas com fonte stalinista (os que mataram Trotksi) e ignorantes dos desenvolvimentos e transformações produzidas pelos teólogos evangélicos e católicos depois do Holocausto, da autentica fonte de civilização e cultura judeocristã, hoje cada vez mais num diálogo ecumênico, insuportável para os incapazes de compreensão da complexidade humana.

Estou terminando, por sinal, um estudo a ser encaminhado ao Congresso Nacional para que a sionfobia seja enquadrada como racismo, eis que ameaça não só as relações com Israel como a vida de judeus, evangélicos e cristãos que admitem, aceitam e apoiam a existência do Estado de Israel, na conformidade não só do reconhecimento juridico universal, como a realidade imposta pela sua conquista de trabalho e civilização e a promessa bíblica dos Profetas.

Brasil que é formado pelas correntes imigratórias de judeus convertidos portugueses, índios, negros, muçulmanos, brancos, cristãos é um exemplo de miscigenação e precisa dar ao mundo a lição de convívio fraterno, punindo o preconceito racista, paranóico, da sionfobia.

Somente o ódio enlouquecido de fanáticos religiosos, provavelmente, debaixo de manipulação mental e/ou drogas, para explicar a degola de crianças, bebês, estupro de jovens e um festival nazista de alegria.

Flavio Goldberg, advogado e mestre em Direito.

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