É #FAKE que Silvio Santos receitou remédio para artrose; golpista imita voz do apresentador

Anvisa esclarece que não existe medicamento registrado na Anvisa com o nome “Vita Ora Pro Nóbis”. Somente produtos aprovados pela Anvisa na categoria medicamentos podem fazer alegação terapêutica. Circula nas redes sociais um vídeo em que supostamente o apresentador Silvio Santos recomenda um produto para artrose. É #FAKE.

g1
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O vídeo é acompanhado pelas legendas: “Notícia urgente. Sílvio e Íris falam como acabaram com a artrose sem cirurgia”. No vídeo, uma voz que imita a de Sílvio diz ter tomado “umas gotas de uma erva muito conhecida”. A esposa do apresentador, Íris Abravanel, supostamente concorda.
Não é verdade que Sílvio Santos tenha recomendado um produto para artrose. O vídeo falso que circula nas redes sociais com essa alegação foi construído a partir da adulteração de uma entrevista de Silvio Santos à revista Veja São Paulo em 2014.
No vídeo original, Silvio Santos diz: “Em São Paulo, esse ano eu não corri [na esteira] porque estava com um problema da perna, que deu essa ferida aqui, então não pude correr”. O restante da fala dele, no entanto, é uma imitação —que não corresponde ao áudio original.
A empresária Daniela Beyruti postou um alerta em seu perfil no Instagram desmentindo vídeo. “Vídeo feito por inteligência artificial tem circulado por aí… é golpe! Não caiam nessa”, diz. A assessoria do SBT afirma que a propaganda é fake e que acionou seu departamento jurídico.
Procurada pelo Fato ou Fake, a Anvisa esclarece que não existe medicamento registrado na Anvisa com o nome Vita Ora Pro Nóbis —a marca que se aproveita indevidamente do nome de Silvio Santos.
“A planta ora pro nobis é utilizada no Brasil como alimento, como uma Planta Alimentícia Não Convencional (PANC), ou seja, pode ser utilizada para consumo humano, mas não possui larga tradição de uso em todas as regiões do país. Não há vedação quanto a sua comercialização como alimento nas formas convencionais, como a espécie vegetal in natura (fresca) ou desidratada, entretanto, essa espécie vegetal não é autorizada para uso em suplementos alimentares, ou seja, não pode ser vendida em formatos farmacêuticos, como cápsulas, comprimidos, etc”, informou a agência.
A Anvisa continua: “Por se tratar de um alimento, não são permitidas alegações terapêuticas relacionadas ao seu uso. Somente produtos aprovados pela Anvisa na categoria medicamentos podem fazer alegação terapêutica. Para a aprovação como medicamento, dentre outros requisitos, é necessária a condução de estudos clínicos, pelo interessado, que demonstrem a segurança e a eficácia do produto”.
É #FAKE que Silvio Santos receitou produto para artrose; áudio falso é feito com áudio adulterado
Reprodução
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