Moradores de Florianópolis usam a tecnologia para deixar a cidade mais limpa

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Aplicativo auxilia o trabalho dos zeladores ambientais em Florianópolis, que tem muitas áreas onde o serviço tradicional de coleta e limpeza pública enfrenta dificuldade para chegar. Moradores de Florianópolis contam com a tecnologia para deixar a cidade mais limpa
Moradores de Florianópolis estão contado com a tecnologia para deixar a cidade mais limpa.
O trabalho feito não tem passado despercebido pelos moradores. Além de empreendedor, João é um zelador ambiental e cuida de uma área de 3 km² em um bairro em Florianópolis. Ele está orgulhoso com o resultado.
Ele faz parte de um projeto que começou em junho de 2022 com uma startup de Curitiba. Florianópolis foi escolhida porque tem muitas áreas onde o serviço tradicional de coleta e limpeza pública enfrenta dificuldade para chegar. Todos os zeladores que participam são cadastrados como microempreendedores individuais. A iniciativa surgiu com base na rotina de alguns funcionários que trabalham na região central da cidade.
“O funcionário saía da periferia e ia para o centro, para outros bairros da cidade fazer a limpeza, mas a sua área de origem, da sua casa, não tinha o atendimento. Por que não pegar o próprio morador da comunidade para que ele possa levar essa questão do meio ambiente, essa questão da conscientização para sua própria comunidade?”, questiona Emerson Lunardelli, diretor regional do projeto.
Todo o serviço feito na rua é registrado em um aplicativo. Com o celular, o zelador tira fotos da tarefa que precisa ser feita e de como ficou depois de pronta. As imagens chegam em uma central que coordena os trabalhos. Lá, os monitores acompanham em tempo real a evolução de todo o serviço de limpeza. Florianópolis é a primeira capital do país a implantar esse sistema.
A prefeitura é parceira do projeto. Ela também recebe as fotos enviadas e fica responsável pelo pagamento dos zeladores. Cada um ganha até R$ 1.100 por mês. A zeladora ambiental Miriam de Souza Santana trabalha com jardinagem e tem conseguido reforçar a renda da família.
“O ambiente está bem melhor, as pessoas estão felizes, me agradecem. Eu me sinto importante”, diz.
“É fundamental que a gente entenda que o poder público continua tendo responsabilidade, ele é o titular do serviço, é responsável tanto pelo saneamento básico, a parte de resíduos sólidos. Porém, os cidadãos também têm as suas responsabilidades. São excelentes esse tipo de ferramentas. As pessoas se sentem capacitadas, entendem que elas têm voz para poder interferir, falar sobre as questões ambientais ao seu redor”, afirma Rodrigo Mohedano, coordenador do Núcleo Educação Ambiental UFSC.
“Hoje são cerca de 600 zeladores espalhados por toda a ilha. Ele é o grande líder local que pode influenciar a sua comunidade a tornar a cidade mais bonita, mais sustentável e melhor para se viver”, diz Emerson Lunardelli.
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