Gravadoras querem impedir o efeito “Taylor’s Version”, afirma revista

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Depois de se tornar a artista mais transmitida em um único dia na história e “1989 (Taylor’s Version)” se tornar o álbum mais reproduzido do Spotify em um único dia, neste ano, parece que Taylor Swift está preocupando a indústria fonográfica com sua estratégia de regravar todo o seu catálogo de músicas.

Segundo uma matéria da “Billboard”, os álbuns versões da Taylor (Taylor’s Version) não só estão virando fenômenos culturais toda vez que são lançados, mas ao mesmo tempo, reduziram o valor das gravações originais que foram vendidas, o que fez com que gravadoras começassem a pensar formas de impedir esse tipo de estratégia.

O artigo diz que as grandes gravadoras, Universal Music Group, Sony Music Entertainment e Warner Music Group, revisaram recentemente os contratos para novos signatários e, de acordo com os principais advogados musicais, exigem que alguns artistas mais demandados esperem 10, 15 ou até 30 anos para regravar lançamentos após finalizarem seus acordos.

A “Billboard” afirma que por décadas, os contratos padrões de gravação de grandes gravadoras usavam dois períodos de espera com os artistas para que eles pudessem fazer regravações no estilo Taylor: cinco a sete anos a partir da data de lançamento do álbum original ou dois anos após o término do contrato.

“Recentemente fiz um acordo com uma gravadora indie grande que tinha uma restrição de regravação de 30 anos. O que obviamente é muito mais longo do que estou acostumado a ver”, diz Gandhar Savur para o site, advogado de bandas e artistas como Cigarettes After Sex, Built to Spill e Jeff Rosenstock. “Acho que as grandes gravadoras também estão tentando expandir suas restrições de regravação, mas de uma forma mais comedida – elas geralmente ainda não são capazes de fazer mudanças tão extremas.”

​​“Obviamente, este é um grande tópico de manchete – a coisa da Taylor Swift”, diz Savur. “As gravadoras, é claro, vão querer fazer tudo o que puderem para resolver isso e evitá-lo. Mas há um limite para o que eles podem fazer. Os representantes dos artistas vão resistir a isso, e um certo padrão está enraizado em nossa indústria do qual não é fácil se afastar.”

Um porta-voz da UMG disse ao site da “Billboard” que a gravadora não comenta acordos legais, mas que a empresa fez tais alterações nos contratos antes das regravações de Taylor, incluindo um período de espera de 10 anos, aumento de royalties e outras mudanças para beneficiar os artistas. Os representantes da Warner e da Sony não responderam ao pedido de comentário.

Segundo Josh Binder, advogado que representa SZA, Marshmello e outros, diz que o cenário de Taylor Swift é raro e que a maioria dos artistas nunca precisa exercer seus direitos de regravação.

Em entrevista para a “Billboard”, ele explica que depois que os artistas superam as restrições de regravação o maior problema é controlar suas gravações master, uma preocupação de Taylor ao lançar suas novas versões, depois que o empresário ​​Scooter Braun comprou seu catálogo da Big Machine Music Group.

Os artistas e os seus advogados avançaram recentemente para acordos de licenciamento – mantendo a propriedade dos seus masters e assinando com gravadoras para distribuir as músicas por um período limitado – em vez de contratos de gravação tradicionais onde a gravadora possui tudo.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Gravadoras querem impedir o efeito “Taylor’s Version”, afirma revista no site CNN Brasil.

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