Marina silva diz que posição de observador do Brasil na Opep+ não é contraditória, contanto que leve debate da economia verde

A ministra de Meio Ambiente e Mudança Climática, Marina Silva, afirmou nesta sexta-feira (1º) que não vê eventual participação do Brasil na Opep+, na condição de observador, como algo contraditório. “Se for para levar o debate da economia verde, da necessidade de descarbonizar o planeta, não”, disse a ministra.

“É exatamente para levar ao debate que precisa ser enfrentado no âmbito daqueles espaços que são os grandes produtores de combustível fóssil, que é o grande responsável pelo aquecimento do planeta”, afirmou Marina na Conferência do Clima da ONU, em Dubai.

Uma das principais discussões da COP28 é como garantir a substituição de combustíveis fósseis por energia limpa.

Veja também: Brasil deve ingressar na Opep+ como observador, diz Prates

A resposta da ministra vem dois dias após o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, ter indicado que o Brasil poderia fazer parte da organização. Durante a abertura de um encontro virtual de integrantes da Opep+, o ministro disse que o Brasil espera se juntar “a esse distinto grupo” e trabalhar com todos os países nos próximos anos.

Durante a videoconferência, Silveira ainda afirmou que o presidente Lula confirmou a carta brasileira de cooperação da Opep + a partir de janeiro de 2024. O ministro considerou o momento como histórico para o Brasil e a indústria energética.

A Opep reúne países produtores de petróleo, como Arábia Saudita, Irã e Iraque. Já a Opep+ inclui outras nações parceiras, mas que não são integrantes oficiais do grupo.

Ao lado de Marina Silva, na COP28, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu que o debate sobre a redução das emissões de gás carbônico seja levado aos produtores de petróleo.

“Não conheço os termos do convite, penso que o Brasil terá até junho para responder. Mas eu acredito que a indústria do Petróleo é a primeira que tem que investir na descarbonização”, argumentou Haddad.

Leia Mais

Brasil deve ingressar na Opep+ como observador, não sujeito a cotas, diz Prates

“Quero analisar com profundidade”, diz ministro de Minas e Energia sobre entrada na Opep+

Opep eleva projeção de oferta de combustíveis do Brasil em 2023 para 4,1 milhões bpd

Este conteúdo foi originalmente publicado em Marina silva diz que posição de observador do Brasil na Opep+ não é contraditória, contanto que leve debate da economia verde no site CNN Brasil.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.