Falta d’água, tarifas caras… Sessão especial na ALE cobra soluções à BRK para problemas em Maceió e região metropolitana

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Problemas de abastecimento da BRK são temas de audiência pública na ALE
A BRK Ambiental está entre as 20 empresas de água e saneamento com mais reclamações no Sistema Nacional de Defesa do Consumidor (SNDC) nos últimos 30 dias por causa dos serviços prestados em Maceió e na região metropolitana. Uma sessão especial foi realizada na Assembleia Legislativa de Alagoas nesta segunda-feira (15) para cobrar a empresa sobre problemas como falta d’água e valores das tarifas.
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A sessão especial “A Falta de Água e o Valor das Tarifas Implementadas na Região Metropolitana de Alagoas” foi proposta pela deputada Gabi Gonçalves (PP).
“A sessão de hoje foi proposta não só por mim, mas por toda esta Casa, que está sensível a essa demanda e sabe da importância de ter água na torneira. Sem água, retiramos a vida, a esperança e a dignidade. Estamos aqui para cobrar explicações e soluções, acima de buscar culpados ou apontar dedos”, ressaltou Gabi Gonçalves, dizendo que o povo clama por água de boa qualidade nas torneiras de suas casas.
O promotor da 2ª Promotoria de Justiça de Rio Largo, Dr. Magno Alexandre Ferreira Moura, disse ser muito importante a fala do público. “Todos são afetados com a questão da água e do saneamento em Rio Largo”, destacou o promotor, cobrando mais obras de saneamento e escoamento. “Temos o grande desafio: apesar da Casal fornecer a água e distribuir para a BRK, ela não está chegando em muitas torneiras. O povo tem sofrido por isso”.
Magno Moura falou ainda que muitas pessoas recorrem ao Ministério Público para reclamar também das tarifas, citando o caso de uma mãe solteira que viu sua conta mensal ultrapassar R$ 400. “Ela recebe um salário mínimo, a filha fica na escola, ela trabalha o dia inteiro e garante que não consome tudo isso. Mas a BRK disse que era a cidadã quem devia comprovar que a conta estava errada”, disse o pr
O diretor-presidente da BRK Ambiental, Herbet Dantas, apresentou números e dados da atuação da empresa na Região Metropolitana de Maceió e avaliou como uma “questão cultural” a mudança de saneamento em todo o Brasil. “Precisamos passar por essa transformação. Como toda transformação gera dúvidas, nada mais justo do que termos um ambiente onde a população possa colocar seus questionamentos, tirar suas dúvidas, e a empresa está à disposição para prestar esclarecimentos, para justamente mitigar e dar respostas a cada uma dessas questões”, disse.
Herbet lembrou que a Casal não foi privatizada, mas houve uma outorga da concessão do serviço por um período de 35 anos. Dos treze municípios em que atua, apenas Atalaia, Marechal Deodoro e Barra de Santo Antônio têm concessão plena da BRK. Na Barra de São Miguel, Coqueiro Seco, Maceió, Messias, Murici, Paripueira, Pilar, Rio Largo, Satuba e Santa Luzia do Norte, a produção de água ainda é de responsabilidade da Casal.
Além disso, com investimentos que somariam mais de meio milhão de reais por dia, ele apresentou a construção de 13 novas ETAs (Estações de Tratamento de Água) e outras 6 reformadas, assim como 16 novas ETEs (Estações de Tratamento de Esgoto), com outras duas reformadas. E se a qualidade da água que sai da torneira for questionável, como no caso das garrafas levadas à sessão de hoje, Herbet disse que a empresa tem a obrigação de investigar todos os casos em menos de 24 horas, solicitando que a população comunique sempre que houver algum problema.
“A falta d’água é estrutural e histórica. Foi isso que viabilizou a existência do processo licitatório. A BRK está aqui para ser transformadora dessa questão, em um contrato que prevê prazos para que as coisas aconteçam, e esses prazos estão sendo cumpridos”, disse Herbet Dantas, mencionando também o aumento da oferta e situações de ligações não autorizadas. “Uma coisa de cada vez. Estamos aqui há pouco menos de dois anos, fazendo investimentos e melhorias, o que gradativamente já tem trazido alguma melhora na percepção para alguns usuários. Outros ainda não, pois depende de transformações mais estruturais”, afirmou o diretor-presidente, referindo-se aos “investimentos grandes e longos que vão levar um certo tempo, mas que, ao fim, vão levar essa transformação para a vida da população”.
Em relação à tarifa, Herbet reforçou que a tarifa foi estabelecida no processo licitatório. “A BRK pratica a mesma tarifa da Casal, reajustada ano a ano para recompor as perdas inflacionárias. Nada além disso”, justificou ele, reforçando que o aumento da tarifa ocorreu após a troca de medidores e que o valor cobrado está correto. “Temos como comprovar isso. Às vezes, um vazamento não é visível, mas durante todos os dias do mês ocorre uso de água que resulta em aumento da conta”, explicou Herbet. O diretor nega que a passagem de ar pelo hidrômetro seja o motivo do aumento da tarifa. “A responsabilidade da BRK vai até a calçada. A responsabilidade de dentro da casa até a calçada é de cada um. Da mesma forma, a água: a responsabilidade está no momento em que ela chega até o medidor. Do medidor para dentro, incluindo a limpeza da caixa d’água, é de responsabilidade do
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