Pai de família morta em MT ainda não conseguiu voltar para casa, diz advogada à CNN

O motorista de caminhão Regivaldo Batista Cardoso, pai da família brutalmente assassinada no fim de novembro no município de Sorriso (MT), ainda não conseguiu voltar para casa. A informação foi passada à CNN pela advogada dele, Daiany Arruda.

Foi na casa onde a família morava que o pedreiro Gilberto Rodrigues dos Anjos, 32 anos, matou e estuprou Cleci Calvi Cardoso, 46 anos, e as filhas Miliane, de 19, e Manuela, de 13. A filha mais nova, Melissa, foi assassinada por esganadura e, segundo a polícia, não foi violentada sexualmente.

A advogada afirma que Regivaldo está bastante abalado e que, desde o dia do crime, está ficando na casa da sogra, a mãe de Cleci.

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“Ele está tentando se recuperar e começou a fazer terapia”, acrescenta Daiany.

Segundo a advogada, o escritório dela irá atuar como assistente de acusação no caso. “Para que esse monstro tenha a maior pena possível. Sorriso está em luto. Há uma semana a cidade está transtornada e com medo.”

Após o crime, uma prima das meninas assassinadas está dedicada a desenvolver projetos que fomentem a proteção às mulheres. “O objetivo é evitar que tragédias desse tipo se repitam”, comenta a advogada.

Relembre o caso

A família de Regivaldo foi atacada na noite de 24 de novembro pelo pedreiro Gilberto Rodrigues dos Anjos, que trabalhava em uma obra vizinha à casa. Segundo a polícia, ele entrou no imóvel pela janela de um banheiro.

O delegado Bruno França, responsável pelo caso, diz que o criminoso primeiro atacou a mãe com uma faca. Em seguida, golpeou as duas filhas mais velhas.

“Aí ele inicia uma série de estupros que começou com a mãe, vai para a filha do meio e a filha de 13. E quando ele termina, segundo ele, a gritaria da menina mais nova iria acabar alertando [a vizinhança] e ele opta por matá-la por esganadura”, afirmou o delegado. Segundo ele, os estupros foram cometidos enquanto as vítimas agonizavam.

À CNN, França diz que o pedreiro monitorou a família antes do crime e que não demonstrou arrependimento ao ser preso. Ele já tinha passagem por latrocínio (roubo seguido de morte) e estupro.

No momento do crime, Reginaldo estava em uma viagem a trabalho. Um dia depois dos acontecimentos, ele ficou preocupado por não conseguir contato com a família e pediu ajuda a um amigo (clique aqui para ouvir).

Os corpos das vítimas foram localizados no dia 27, depois que vizinhos acionaram a polícia por desconfiar do sumiço da família, Gilberto foi preso no mesmo dia e transferido para uma cadeia em Sinop (MT) por causa do risco de linchamento.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Pai de família morta em MT ainda não conseguiu voltar para casa, diz advogada à CNN no site CNN Brasil.

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