Jornalista Luiz Maranhão morre em Olinda, aos 90 anos

Ele estava internado desde o dia 6 de março, após ter sofrido um AVC. Velório e enterro aconteceram no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, no Grande Recife. Luiz Maranhão Filho tinha 90 anos
Maria Clara Angeiras/Cortesia
O jornalista Luiz Maranhão Filho morreu aos 90 anos, em Olinda, no Grande Recife. A morte dele aconteceu na tarde do sábado (20), no Hospital Esperança, onde estava internado desde o dia 16 de março, após ter sofrido um Acidente Vascular Cerebral (AVC) isquêmico que se tornou hemorrágico.
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Luiz Maranhão Filho deixou a esposa, Luzinete Maranhão; além de quatro filhos e cinco netos. O velório e o enterro foram realizados na tarde deste domingo (21), no Cemitério Morada da Paz, no município de Paulista, na Região Metropolitana do Recife.
A jornalista Maria Clara Angeiras, que é amiga da família de Luiz Maranhão Filho, falou sobre a importância das pesquisas desenvolvidas por ele.
“Foi graças à pesquisa dele que Pernambuco passou a ser reconhecido como o local da origem do rádio no Brasil. Até então, falava-se que teria sido o discurso de Epitácio Pessoa, em 1977, no Rio de Janeiro. Nos últimos tempos, ele vinha batalhando para esse reconhecimento oficial. No livro ‘Raízes do Rádio’, de sua autoria, Maranhão comprova a atuação da Rádio Clube de Pernambuco desde 1919, a pioneira no Brasil”, disse.
Perfil
Luiz Beltrão Cavalcanti de Albuquerque Maranhão Filho nasceu no Recife em 1º de janeiro de 1933. Ele se graduou em direito, pela Faculdade de Direito de Olinda, em 1975; era mestre em direito constitucional, pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), desde 1978; e doutor em cinema, rádio e televisão, pela Universidade de São Paulo (USP), desde 2002.
Durante a sua carreira, ele trabalhou como:
Jornalista do “Diario de Pernambuco” (1948), “Jornal do Commercio” (1956), “Diário da Borborema/PB” (1964), “Diário Carioca/RJ” (1965);
Jornalista do Núcleo de TV e Rádio Universitárias de Pernambuco, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), durante 30 anos, de 1970 a 2000;
Radialista, atuando em várias rádios pernambucanas, como Tamandaré, Jornal do Commercio, Continental e Universitária (AM e FM);
Professor aposentado da UFPE e da Faculdade Mauricio de Nassau.
Ele também foi:
Presidente do Instituto Histórico de Olinda, desde 2004;
Integrante da Academia Olindense de Letras;
Autor de obras de ficção e de 10 livros didáticos;
Autor de 18 peças teatrais.
Entre as premiações que recebeu, estão:
Prêmio Roquette Pinto, da Academia Brasileira de Letras (ABL), em 1988, pelo livro “Memória do Rádio”;
Prêmio Luiz Beltrão, da Sociedade Interdisciplinar de Estudos de Comunicação (Intercom), em 2012;
Prêmio de Prosa em Literatura, pelo Rotary Clube da Cidade do Porto (Portugal), em 2006.
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