Operação da PF mira grupo que fretava drogas e armas da Colômbia ao Brasil

A Polícia Federal (PF) deflagrou, na madrugada desta terça-feira (12) uma operação contra uma organização criminosa suspeita de transportar drogas e armas da Colômbia para o Brasil.

São cumpridos 43 mandados judiciais, sendo 9 de prisão temporária, 14 de busca e apreensão, 3 medidas cautelares diversas da prisão, além de medidas de sequestro de bens contra 17 pessoas e empresas, em um total bloqueado que chega a R$ 12 milhões.

Segundo a PF, dinheiro fruto do crime. Estão mobilizados 68 policiais federais nesta ação.

A investigação, conduzida pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes da PF do Distrito Federal, aponta que empresas atuantes no transporte de mudanças interestaduais, fazendo frete de Brasília a outros estados, estão sendo utilizadas para operacionalizar o transporte de grandes quantidades de drogas e armas.

Ainda de acordo com a PF, os produtos ilegais são armazenados em galpões vinculados aos investigados e, posteriormente, são destinados a abastecer facções criminosas com atuação no Distrito Federal, Entorno do DF e em outras unidades da federação.

O inquérito reúne elementos de informação que indicam que as drogas e armas são provenientes da Colômbia e que entram no Brasil a partir da fronteira no Amazonas. Posteriormente, são armazenadas de modo dissimulado em caminhões e transportadas para outros estados do Brasil.

Em abril deste ano, uma apreensão de 700 kg de cocaína pela Polícia Civil do Amazonas e que estava sendo transportada pelos investigados com destino ao Distrito Federal chamou atenção dos investigadores.

Já em junho, foi realizada a apreensão de 350 kg da mesma droga, de mais de uma tonelada de Skunk e de cinco fuzis calibre .762m na mesma fronteira.

A investigação constatou que as duas cargas apreendidas de armas e drogas pertenciam ao mesmo grupo criminoso que é alvo da operação desta terça.

A PF também rastreou movimentações financeiras realizadas entre pessoas do grupo com pessoas da Colômbia. Os investigadores dizem que as transações estão diretamente relacionadas com o pagamento dos produtos ilícitos remetidos ao Distrito Federal, sendo um dos investigados apontado como um dos principais fornecedores de drogas para a facção criminosa conhecida como “Comboio do Cão”.

As penas para as condutas investigadas, se somadas, podem chegar a 35 anos de prisão

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