BB quer ampliar consignado do INSS e mira mercado de R$ 250 bi

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Banco diz que taxa de inadimplência para pessoa física atingiu pico em dezembro e mira crédito de baixo de risco

O Banco do Brasil está planejando acelerar as concessões de crédito consignado para pensionistas do INSS ao longo deste ano, uma linha de crédito considerada de baixo risco. A instituição financeira tem como objetivo aumentar sua participação em um mercado total estimado em R$ 250 bilhões, que até agora tem sido dominado pelos bancos privados.

A presidente do BB, Tarciana Medeiros, afirmou: “Nos próximos trimestres, esperamos ver desembolsos significativos”. Ela acredita que o banco ainda não alcançou a sua fatia justa de mercado. Por exemplo, o Itaú e o Bradesco possuem carteiras de R$ 54,6 bilhões e R$ 45,2 bilhões, respectivamente.

Esse impulso já pode ser observado no balanço do primeiro trimestre, divulgado ontem à noite, que revelou um aumento de 79% nos desembolsos do BB para o crédito consignado do INSS em comparação com o ano anterior, totalizando R$ 3,1 bilhões.

O esforço do banco reflete a estratégia de buscar uma carteira de crédito com menor risco. No primeiro trimestre, a inadimplência do crédito consignado do INSS foi de 1,53%, abaixo da taxa de inadimplência para todas as operações do banco, que foi de 2,62%. A carteira de crédito consignado encerrou o mês de março em R$ 118,6 bilhões, um aumento de 9,6% em relação ao ano anterior, enquanto a carteira total cresceu 16,8%.

Segundo Medeiros, as operações nesse segmento não foram afetadas pela interrupção temporária das linhas de crédito consignado pelos bancos em março, quando o Conselho Nacional de Previdência Social (CNSP) reduziu inicialmente a taxa de juros para essa operação de 2,14% para 1,70%, posteriormente aumentada para 1,97%.

Apesar da busca por menor risco, o BB tem conseguido controlar as taxas de inadimplência. O índice de inadimplência para pessoas físicas, que tem sido uma preocupação desde o início do aumento da taxa Selic há dois anos, parece ter atingido o pico de 5,44% em dezembro do ano passado, de acordo com Felipe Prince, vice-presidente de gestão de risco do BB. No primeiro trimestre deste ano, a taxa teve uma leve redução para 5,39%, indicando estabilidade. Um ano antes, estava em 3,82%.

No entanto, em relação à carteira de crédito como um todo, Prince prevê uma leve inclinação da taxa, mas ainda abaixo da média do sistema financeiro, que está em 3,30%.

Um dos segmentos que contribui significativamente para a taxa de inadimplência menor do banco em comparação com o setor financeiro é o agronegócio, que historicamente apresenta o índice mais baixo de atrasos, de 0,59% em março. Prince afirma: “Podemos ver uma pequena variação, mas nada que seja preocupante. Queremos manter o nível próximo da mínima histórica”.

Em relação à taxa de inadimplência para pessoas jurídicas, que foi de 2,13% em março, em comparação com 1,83% em dezembro, Prince considera isso como uma normalização. No caso da Americanas, o BB havia provisionado R$ 788 milhões em fevereiro, o equivalente a 50% do crédito. Prince acredita que esse nível de provisionamento continua adequado. As negociações com os bancos têm avançado e espera-se chegar a um acordo até o final de junho. Ele afirmou: “Após isso, poderemos reavaliar o volume de provisões relacionadas a esse ativo”.

Fonte: Pipeline Valor

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