Quatro botos-cinza, espécie vulnerável à extinção, são achados mortos em um mês em SC

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Um dos animais estava com lacre preso ao roso, sem conseguir abrir a boca, segundo o Segundo o Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS)/Univille. Quatro botos-cinza foram encontrados no Litoral Norte de SC em um mês
PMP-BS/Univille/ Divulgação
Em um mês, quatro botos-cinza foram encontrados mortos em praias do Litoral Norte de Santa Catarina. A espécie é considerada vulnerável pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Os casos foram registrados entre 5 de abril e 5 de maio, mas o balanço só foi divulgado no dia 18 deste mês.
Segundo o Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS)/Univille, responsável pelos atendimentos, a espécie está ameaçada de extinção no estado.
Uma situação na Praia do Pontal, em Itapoá, no dia 13 de abril, foi especialmente impactante para os técnicos do PMP-BS/Univille. Análises mostraram que uma fêmea adulta morreu de fome no local.
Mesmo em estado avançado de decomposição, o animal localizado na região ainda estava com um lacre plástico, em formato de argola, preso ao rosto. O objeto, que costuma ser usado para vedação de garrafas, impediu o animal de abrir a boca e fazer as refeições, conforme a equipe (foto abaixo).
Lacre impediu que boto se alimentasse
PMP-BS/ Divulgação
Em todos os casos, a equipe técnica coletou amostras biológicas para mais exames. Dentes dos botos também serão enviados para a estudo na Universidade do Estado de Santa Catarina em Laguna, no Litoral Sul do estado, para estimativa de idade.
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Outros registros
Segundo a equipe, o primeiro registro foi em 5 de abril, após um pescador encontrar o animal boiando na Baía da Babitonga, vítima de afogamento. Ele rebocou o animal até o trapiche do bairro Laranjeiras, em São Francisco do Sul, onde foi entregue aos técnicos de campo.
Poucos dias depois, em 12 de abril, segundo o PMP-BS/Univille, um boto-cinza foi visto na Praia do Capri, na mesma cidade. O exame de necropsia confirmou que ele estava com debilidade crônica.
No dia 5 de maio, durante o monitoramento de rotina na Praia Grande, em São Francisco do Sul, os técnicos de campo encontraram o quarto boto-cinza sem vida.
O animal, um macho juvenil, estava em estado de decomposição avançada, além de apresentar marcas de predação. Por isso, não foi possível determinar a causa da morte.
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