Jovem espancada por ex sofre com sequelas e luta por recursos para pagar remédios e exames

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Andressa dos Santos Freitas, de 27 anos, foi encontrada com diversos ferimentos e desacordada perto da casa da tia, em Guarujá, no litoral de SP. A mulher havia ido ao local com o ex buscar o filho do casal quando foi agredida. O homem segue foragido. Jovem foi internada após ser encontrada com marcas de agressão em Guarujá (SP)
Arquivo Pessoal
Andressa dos Santos Freitas, de 27 anos, foi espancada pelo ex-companheiro em Guarujá, no litoral de São Paulo, em julho de 2022. Quase 10 meses depois de ter sido encontrada desacordada e com vários ferimentos pelo corpo, ela contou ao g1, nesta terça-feira (16), que ainda sofre com as sequelas físicas e psicológicas, e não consegue trabalhar como faxineira para comprar os remédios necessários para dar sequência ao tratamento. O agressor segue foragido.
A jovem foi encontrada jogada no chão, em uma viela do conjunto habitacional onde mora a tia dela, na mesma cidade. Andressa e o ex tinham ido ao local para buscar o filho, atualmente com dois anos. A criança havia passado a noite na casa da parente enquanto os pais se divertiam em um “baile”.
“A minha vida é ficar dentro de casa sem poder trabalhar e com medo do agressor. Tem sido muito difícil e ainda estou me recuperando. Não mexo a mão direita e minha voz não voltou ao normal”, contou.
Andressa sofreu traumatismo cranioencefálico [lesão que causa alterações no crânio ou comprometimento da função das meninges] em decorrência da agressão sofrida e ficou quase dois meses internada.
À reportagem, ela disse ter recebido alta mesmo sem ter recuperado os movimentos da mão direita e ainda com limitações nas ações da mão esquerda. A voz também ainda não voltou a ser o que era.
O agressor, Kevin dos Santos Alves, teve a prisão temporária decretada no dia 3 de agosto de 2022 e segue foragido desde então.
Kevin dos Santos Alves é procurado por ter espancado Andressa
Polícia Civil/Divulgação
Recursos para o tratamento
A jovem contou que para arrecadar dinheiro para pagar por exames, fisioterapia e atendimento psicológico, abriu uma vakinha on-line. O atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS), segundo ela, durou seis meses e, portanto, precisou dar sequência ao tratamento com atendimentos particulares.
A mulher disse precisar também fazer umeletroneuromiografia. Ela contou tear recebido a guia de um médico para realizar o exame pelo SUS, mas que aguarda há meses ser chamada. O exame custa cerca de R$ 500 e ela conta que, se possível, faria em clínica particular.
Relembre o caso
A autônoma Andressa dos Santos Freitas, de 26 anos, foi encontrada desacordada e com marcas de agressão no chão de uma viela de um conjunto habitacional, no bairro Santo Antônio, em Guarujá, na manhã de 24 de julho, por volta das 8h.
A Polícia Militar informou ter sido acionada para atender a “ocorrência de agressão”, mas ao chegar no local, a vítima já havia sido levada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Rodoviária e transferida para o Hospital Santo Amaro (HSA).
Ao g1, a mãe Roberta Cristina Neves dos Santos, de 45 anos, contou que acredita que o companheiro da filha, que acredita ser o responsável pelo crime, tinha ciúmes de Andressa “por ser bonita”. Ela contou que sou, por terceiros, de agressões anteriores sofridas pela filha, embora o assunto nunca tinha sido abordado em casa.
O então companheiro da jovem alegou às autoridades policiais que eles teriam brigado em uma festa e que a autônoma, além de agredi-lo, teria jogado uma pedra nele. Após o desentendimento, o homem disse que saiu da festa sozinho, deixando Andressa. Segundo ele, não houve mais contato com ela desde então.
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