Novo juiz da Lava Jato recomenda nova investigação sobre grampo em cela de Alberto Youseff

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Eduardo Appio diz haver ‘indícios concretos’ de delitos cometidos na carceragem. Novo quer nova investigação de grampo na cela de Youssef
O juiz Eduardo Appio, da 13ª Vara da Justiça Federal do Paraná, retirou o sigilo do processo que apura a existência de uma escuta ambiental na cela de Alberto Youssef, doleiro da operação Lava Jato.
A escuta ambiental teria ficado ativa de 17 de março de 2014, quando Youssef foi preso, a 29 de março de 2014.
No despacho, o juiz afirma que “os elementos encontrados na referida sindicância administrativa da Corregedoria da PF (e encaminhados a este juízo que autorizou a prisão em 2014) permitem afirmar que existem indícios concretos e documentos acerca do cometimento de graves delitos, em tese, na referida carceragem”.
O juiz também sugere que a Superintendência da Polícia Federal no Paraná abra um novo procedimento para apurar os fatos.
O processo tem vídeos de policiais federais que foram ouvidos nas sindicâncias abertas para apurar o caso.
Em 12 de setembro de 2015, o delegado federal Rivaldo Venâncio confirmou que comunicou superiores sobre a existência do grampo. Ele é atualmente é superintendente da PF no Paraná.
O Estúdio i também teve acesso a um depoimento que Alberto Youssef prestou sobre o caso em 27 de junho de 2019.
Ele afirmou “que conversou alguma coisa na cela esses assuntos vieram à tona na colaboração premiada um tempo depois; que naquele momento sempre utilizava o direito ao silêncio”.
Youseff disse que não questionou à época porque fechou acordo de delação premiada.
Em nota, a defesa de Alberto Youssef classifica como farsa a primeira sindicância feita pela Polícia Federal em 2014 e afirma que irá fazer novos questionamentos ao judiciário.
A PF informa que, tão logo notificada da decisão, dará o andamento interno correspondente.
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