Eduardo Paes denuncia cobrança de R$ 500 mil de bandidos para ‘liberar’ obra

O prefeito da cidade do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), usou as redes sociais nesta terça-feira (9) para dizer que uma organização criminosa “está pedindo dinheiro” para a empreiteira responsável pela construção do Parque Piedade, na Zona Norte da capital fluminense.

“Ameaçam paralisar as obras caso o pagamento não aconteça. Obviamente não vamos aceitar”, escreveu Paes.

Atenção @policiafederal @RicardoCappelli recebi agora informações de que o crime organizado está pedindo dinheiro para a empreiteira responsável pelas obras do Parque Piedade aonde funcionava a antiga faculdade Gama Filho. Ameaçam paralisar as obras caso o pagamento não…

— Eduardo Paes (@eduardopaes) January 9, 2024

Segundo o prefeito, os bandidos teriam pedido R$ 500 mil diretamente à empreiteira. O valor total da obra é de R$ 65 milhões.

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No texto, Paes pede ajuda à Polícia Federal e ao ministro interino da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, que também usou as redes sociais para responder.

“Temos recebido relatos iguais de outros prefeitos do Rio, infelizmente. O crime organizado destrói a economia e o desenvolvimento. A empreiteira não pode pagar nada, é inaceitável este estado paralelo. Vamos para cima destes bandidos”, afirmou Cappelli.

Caro prefeito @eduardopaes , temos recebido relatos iguais de outros prefeitos do Rio, infelizmente. O crime organizado destrói a economia e o desenvolvimento. A empreiteira não pode pagar nada, é inaceitável este estado paralelo. Vamos pra cima destes bandidos. https://t.co/0TsyFIb6tx

— Ricardo Cappelli (@RicardoCappelli) January 9, 2024

Operação em dezembro

No mês passado, investigações da operação Dinastia II, realizada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público do Rio nesta terça-feira (19), mostraram que a milícia chefiada por Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, cobrava taxas do setor da construção civil. Grandes empreiteiras eram obrigadas a pagar por obras em andamento e até mesmo por obras da prefeitura do Rio.

Segundo o MP, as cobranças eram mensalmente planilhadas e, somente em fevereiro de 2023, o grupo criminoso teria arrecadado mais de R$ 308 mil com a cobrança das taxas. Com o intuito de ocultar e dissimular a natureza, origem e a localização do dinheiro ilícito, os criminosos usavam várias contas para recebimento e circulação dos valores obtidos por meio de extorsões.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Eduardo Paes denuncia cobrança de R$ 500 mil de bandidos para ‘liberar’ obra no site CNN Brasil.

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