Câmeras de monitoramento do Jardim Botânico, na zona sul do Rio de Janeiro, que estão sendo analisadas pela Polícia Civil, indicam que a morte do dono de uma galeria de arte em Nova York Brent Sikkema foi premeditada. As imagens de equipamentos da empresa de segurança Gabriel já mostram o carro do suspeito circulando pela região onde fica o imóvel cerca de 14 horas antes do crime.
O primeiro registro é por volta de 14h20 do último sábado (14). O veículo, um Fiat Palio de cor prata, entra na região onde a vítima, de 75 anos, morava. Dois minutos depois, estaciona a poucos metros do imóvel, na Rua Abreu Fialho. O local tem grade movimentação e o motorista, então, decide sair com o carro, mas volta a estacionar pouco depois em outro ponto da rua.
De bermuda, camiseta e chinelo, Brent Sikkema se aproxima de casa, com uma sacola nas mãos, pouco depois de 16h30. Outra câmera de segurança registra o que pode ser a última imagem do dono de galeria com vida, entrando no imóvel.
As imagens obtidas com a empresa mostram, ainda, que somente às 22h42, o motorista deixa o carro e caminha por ruas vizinhas. Ele passa por diversas câmeras de monitoramento, mas sempre de cabeça abaixada.
Pouco depois das 03h40 da manhã, já na madrugada de domingo, o homem sai do carro e entra na casa de Sikkema. Lá, ele fica por 14 minutos.
Às 03h57, o suspeito sai do imóvel. Ele tira as luvas que usava, as coloca no bolso e volta para o carro.
Brent Sikkema foi encontrado morto na segunda-feira (15) dentro de casa. O corpo tinha marcas de uma perfuração por arma branca, que pode ser por tesoura, estilete ou chave de fenda. A perícia foi feita e o caso é investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital.
O norte-americano é sócio da Sikkema Jenkins & Co, uma famosa galeria de artes, em Nova York. O espaço foi fundado por Sikkema em 1991, com o nome de Wooster Gardens, em referência à sua localização original, na Wooster Street.
Em 1999, a galeria foi ampliada, com a mudança para o local atual, na 22nd Street. Segundo o site oficial, o local, que abre espaço para exposições de pinturas, ilustrações, instalações, fotografia e esculturas, já brigou nomes como Kara Walker e Sheila Hicks, bem como fotógrafos em crescimento, incluindo Nikki S. Lee e Deana Lawson.
O Consulado dos Estados Unidos no Rio de Janeiro informou que presta condolências aos familiares, a quem está oferecendo o apoio necessário.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Vídeos mostram que criminoso observou dono de galeria morto no Rio por 14 horas no site CNN Brasil.