Homem que agrediu e forçou ex a entrar em carro pode receber pena de até nove anos de prisão, diz delegada

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Delegada da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Santos (SP), Thelma Kassia da Silva explicou, em entrevista coletiva, que pena do suspeito será calculada por soma de crimes cometidos por ele. Segundo a Polícia Civil, o homem é acusado de violência doméstica e de descumprir uma medida protetiva contra a ex-companheira. Mulher sofre tentativa de sequestro de ex-marido no litoral de SP
Rodrigo Pinheiro Queiroz, preso suspeito de agredir e tentar sequestrar a ex-mulher em Santos, no litoral de São Paulo, pode receber uma pena de até nove anos de detenção, conforme informado pela delegada Thelma Kassia da Silva, da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) da cidade, em entrevista coletiva concedida pela Polícia Civil nesta sexta-feira (19).
O homem foi detido nesta manhã, na casa dele em São Paulo. De acordo com a delegada, Rodrigo não resistiu à prisão. Ele é acusado de violência doméstica e de descumprir de medida protetiva contra a ex-companheira, segundo a corporação. No total, a vítima registrou quatro boletins de ocorrência contra o suspeito em aproximadamente um mês.
“Temos quatro inquéritos policiais concluídos em que ele foi indiciado e responderá em até nove anos de prisão, haja vista o concurso [acumulo] de crimes que cometeu”, explicou a delegada.
O caso
A tentativa de sequestro aconteceu no bairro Embaré, na segunda-feira (15). A vítima, que prefere não ser identificada, contou ao g1 ter sido surpreendida pelo homem ao sair de um carro, após uma corrida por aplicativo. Ela disse que foi seguida por ele, que dirigia outro veículo, da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) da cidade até o local, onde entregaria o próprio currículo em um comércio.
Câmeras de monitoramento flagraram o momento em que o homem, que não teve o nome divulgado, saiu de um carro branco, cruzou a esquina a pé e, segundos depois, voltou segurando a mulher nos braços.
Mulher afirma ter sofrido tentativa de sequestro em Santos (SP)
Reprodução
Ele tentou forçar a vítima a entrar no veículo, mas não conseguiu. No vídeo, o homem aparece tentando empurrar a mulher para dentro do carro, pela porta do passageiro, enquanto ela resiste. A mulher tenta se desvencilhar, se jogando no chão e depois tentando se levantar ao ser jogada em direção ao banco.
Rapidamente, pessoas que passavam pela rua percebem o que estava acontecendo e retiram a vítima do local. É possível ver que o agressor ainda discute com parte das pessoas que estão passando, quando a mulher já não aparace mais nas imagens.
Por fim, o ex-marido da jovem entra novamente no automóvel e foge subindo a calçada. A situação durou aproximadamente dois minutos. O g1 não localizou a defesa do homem até a última atualização desta reportagem.
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Relacionamento e medida protetiva
A jovem contou ao g1 que o relacionamento durou aproximadamente 10 anos e que, durante esse período, morou com o homem na capital paulista. Atualmente, ela vive na casa de familiares em Santos (SP). Eles têm três filhos juntos, sendo um menino e duas meninas, todos menores de idade.
A vítima já registrou quatro boletins de ocorrência contra o ex-marido, sendo a maioria deles por violência doméstica. Em um dos registros, feito no último dia 29 de abril, ela informou à Polícia Civil que o homem foi até a casa da família dela em Santos, sem ser convidado, e “tomou” as filhas, levando as meninas para São Paulo. O menino, por sua vez, segue com a mãe.
Jovem mostra hematomas após tentativa de sequestro no litoral de SP
Arquivo Pessoal
A mulher também contou ao g1 que foi agredida pelo suspeito durante o relacionamento e após o término. Os episódios de violência, segundo a vítima, aconteciam normalmente depois de desentendimentos entre eles. A Justiça de São Paulo determinou, em abril, uma medida protetiva que obriga o homem a manter uma distância de, pelo menos, 200 metros da jovem.
“No período em que moramos juntos ele já era agressivo. Me agrediu nas três vezes em que estive grávida”, desabafou. “Eu e minha família temos medo de sair na rua. Fico presa, impedida de viver e trabalhar. Parece que nós somos os prisioneiros. Ele faz as coisas e está aí, na rua”.
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