Tenente-coronel da PM condenado a 36 anos de prisão pela morte da juíza Patrícia Acioli vai para o semiaberto

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Cláudio Luiz de Oliveira foi considerado pela investigação como mandante do crime, que aconteceu em 2011. Justiça afirmou que condenado cumpriu prazo para progredir de regime. 10 anos sem Patrícia Acioli: quem foi a juíza assassinada por policiais
O tenente-coronel da Polícia Militar Cláudio Luiz de Oliveira, condenado a 36 anos de prisão pela morte da juíza Patrícia Acioli, recebeu autorização da Justiça para progredir para o regime semiaberto.
Oliveira foi considerado pela investigação o mandante do assassinato de Patrícia. Ela foi morta com 21 tiros, em agosto de 2011, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. O tenente-coronel foi condenado pelo crime em 2014.
De acordo com a decisão da Justiça, Oliveira cumpriu o prazo para progredir do regime fechado para o semiaberto em janeiro de 2023. A decisão que autorizou a progressão foi publicada em março.
Presos do regime semiaberto são autorizados a deixar a penitenciária para cumprir a pena em colônias agrícolas, industriais ou similares. Em alguns casos, os detentos podem sair para trabalhar e fazer visitas a familiares.
No entanto, o juiz Marcel Laguna Duque Estrada negou o pedido da defesa do tenente-coronel para que ele fosse autorizado a sair para trabalhar ou visitar familiares. Segundo o magistrado, Oliveira precisa de um tempo maior no semiaberto para receber esse tipo de benefício.
“Existem condições pessoais que não recomendam e impedem a concessão da saída extramuros, principalmente porque o apenado foi condenado por crimes graves e ainda têm uma longa pena a cumprir”, escreveu.
Assim como na decisão, o Ministério Público se manifestou favoravelmente à progressão da pena e de forma contrária às saídas para trabalho e visitas familiares.
Patrícia Acioli foi assassinada em 2011, em Niterói
Reprodução Globo News
O caso
O tenente-coronel Cláudio Luiz de Oliveira era comandante do 7° BPM (Alcântara), em São Gonçalo, também na Região Metropolitana do Rio, na época do assassinato de Patrícia Acioli.
A juíza atuava em processos contra vários integrantes do batalhão, acusados de envolvimento com milícias e grupos de extermínio.
Patrícia Acioli foi assassinada com 21 tiros na porta de casa. Na época do crime, ela tinha 47 anos, era titular da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo.
Ao todo, 11 policiais foram condenados por envolvimento na morte da juíza.
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