Mulher convive com gerações X e Z no trabalho sem se intimidar: ‘Você ganha uma certa força’

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Valéria Cirello tem 60 anos, é chefiada por uma mulher 16 anos mais nova, e nenhuma das duas se incomoda com isso. Globo Repórter desta semana aborda os benefícios da troca de experiência entre pessoas de faixas etárias diferentes. Mulher ‘babyboomer’ convive com gerações X e Z no trabalho sem se intimidar
A publicitária Valéria Cirello tem 60 anos, se enquadra na chamada geração babyboomer e convive com pessoas de diferentes gerações, todas com o objetivo de ter boas ideias no trabalho. E a diferença de idade entre os funcionários é justamente o fator que as aproxima.
O Globo Repórter desta semana aborda os benefícios da troca de experiência entre pessoas de faixas etárias diferentes.
Valéria foi contratada há um ano e meio porque é uma profissional com talento e habilidades. Mas já passou maus bocados com “etarismo”, também chamado de “idadismo”, que consiste no preconceito contra alguém simplesmente pelo fato da pessoa ser mais velha.
“Sofri, em vários lugares. Eu acho que como a nossa sociedade corteja o jovem, né, ‘jovem é tudo!’, você se intimida. A partir do momento em que eu comecei a falar sobre o tema, a assumir: ‘eu tenho essa idade’, você ganha uma certa força. ‘Sou mais velha mesmo’, ‘não sei tal coisa, me ensina?’”, argumenta a publicitária.
Valéria Cirello trabalha em uma agência de publicidade de São Paulo
Reprodução/TV Globo
A preparação é um fator importante para derrubar as barreiras colocadas por quem pratica o etarismo.
Um estudo recente mostrou que 88% das empresas concordam que está em vantagem quem se prepara para o envelhecimento. Os impactos positivos são o ganho de conhecimento, a melhoria nas relações interpessoais, no clima organizacional e na complementaridade de times.
Val convive com a publicitária Anita Souza, sua chefe, que é 16 anos mais nova que ela. Algo que, ao contrário do que já aconteceu em outros momentos da vida em sociedade, não afasta nem um pouco as duas funcionárias.
“Existe preconceito dos dois lados. O mais jovem pode pensar: ‘Ai meu Deus, ele tem a cabeça das antigas’; por outro lado, a pessoa mais velha pode falar: ‘Esse aí mal saiu da escola, não tem experiência, não vai ter nada para aportar’. E aí, com as trocas diárias, acho que esses preconceitos caem por terra”, diz Anita.
A analista de planejamento Flora Camargo tem 21 anos e é uma das melhoras amigas de Val. E conta que a experiência da companheira de trabalho serve como inspiração não para o futuro, mas para o presente. E é fator o que une as três gerações.
“Para mim, pelo menos, é a inspiração. É poder olhar e me inspirar, ver o que eu quero ser, como quero seguir, aprender”, diz Flora. Perguntada se pensa em ser como as companheiras de trabalho no futuro, ela nega. “É agora mesmo que eu quero ser como elas são”, diz a jovem.
Anita, Val, Flora e Sandra Annenberg falam sobre etarismo nas relações de trabalho.
Reprodução/TV Globo
Veja a íntegra do programa abaixo:
Edição de 26/05/2023
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