Seleção Feminina no Mundial; veja quem são as maiores campeãs da Copa

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A Copa do Mundo de Futebol Feminino da FIFA foi criada em 1991 e, desde então, acontece a cada 4 anos. Em 2023, terá sua 8.ª edição e a Seleção do Brasil será um dos times do torneio.

A competição oferece uma oportunidade para as atletas mostrarem seu talento e habilidade no futebol em um cenário global — inspirando outras mulheres e meninas a se envolverem no esporte.

Mas a Copa feminina ainda é bem menos conhecida e assistida que a masculina e, como consequência, muitas pessoas não sabem quais são os títulos que o Brasil tem nela — ou até mesmo se tem um.

A seguir, entenda a relação do Brasil com o Mundial feminino e a própria história do torneio.

Quantas Copas do Mundo a seleção feminina do Brasil tem?

A Seleção Feminina do Brasil não ganhou nenhuma Copa do Mundo. O mais perto que ela chegou foi na final de 2007, quando perdeu de 2 a 0 para a Alemanha.

Além disso, o time do Brasil também tem um 3.º lugar em 1999, quando ganhou da Noruega na disputa de pênaltis, após 0 a 0 no tempo regular.

Já no continente, mais especificamente na Copa América Feminina, que teve sua primeira edição também em 1991, os títulos da seleção brasileira feminina são muitos: oito entre nove campeonatos. A Argentina levantou a taça em 2006.

O Brasil no futebol feminino mundial

/ O Brasil no mundial feminino de futebol – Imagem: FVCG | VCG via Getty Images

A seleção brasileira é uma das principais forças do futebol feminino mundial. A título de classificação, inclusive, de acordo com a FIFA, é considerado o melhor time feminino do ranking Conmebol e o 9.º melhor do mundo.

Alguns dos nomes mais marcantes que participaram da Copa do Mundo Feminina são Formiga, Marta e Cristiane.

Formiga é a jogadora do Brasil com mais jogos pelo Brasil na história — inclusive quando se considera homens: são 158 disputas.

Ainda é a jogadora que mais disputou edições de Copas, tendo atuado em sete (e a feminina tem apenas oito edições, se não contarmos com a de 2023).

Outra recordista é Marta, a maior artilheira das seleções feminina e masculina, com 119 gols, e máxima artilheira em Copas entre homens e mulheres (17 gols).

Ela também é a primeira jogadora a marcar em cinco edições de Copas do Mundo (2003, 2007, 2011, 2015 e 2019) e também nas Olimpíadas.

Fechando o trio, Cristiane também é uma das maiores jogadoras de futebol da história do Brasil. Ao longo de sua carreira, ela marcou mais de 100 gols pela Seleção Brasileira, o que a torna uma das maiores artilheiras também. Ela fez parte da equipe que conquistou a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de 2007 e 2015.

As três jogadoras participaram da Copa do Mundo de 2019, na França, e essa foi uma edição histórica. Mais de 108 milhões de pessoas foram impactadas pelas partidas — ou seja, assistiram pelo menos 1 minuto de um jogo. O torneio e as partidas passaram em TV aberta brasileira pela primeira vez.

Já no mundo, segundo um relatório da Fifa, foram 1,12 bilhão de espectadores. Isso representou 30%a mais em relação ao Mundial de 2015, no Canadá.

Apesar do sucesso, a seleção ficou nas oitavas de final na edição de 2019. Atualmente, o elenco de jogadoras brasileiras têm tido dificuldades em encontrar uma nova geração de jogadoras de alto nível para substituir as antigas estrelas de peso.

Falta de informação sobre o campeonato

Apesar dos números crescentes, a Pesquisa CNN/Itatiaia/Quaest feita entre 29 de março e 2 de abril constatou que 55% dos torcedores não sabiam da realização da competição em 2023, contra 44% que sabiam.

E a desinformação era maior entre as mulheres. Um total de 66% delas não sabiam do torneio, enquanto homens eram 45%. Em relação a quem sabia, 33% eram mulheres, e 55%, homens.

Da mesma forma que estão mais informados sobre o torneio, os homens também demonstraram mais interesse pela competição: 75% pretendem acompanhar as partidas.

Campeãs da Copa do Mundo de Futebol Feminino da FIFA

/ Quem são as campeãs da Copa do Mundo Feminina? – Imagem: Shutterstock | Romain Biard

Os Estados Unidos são a seleção com mais vitórias, sendo tetracampeã. Depois dela, vem a Alemanha, com 2 títulos, e a Noruega e o Japão, com 1 título cada.

Veja na tabela os títulos da Copa do Mundo Feminina e onde os torneios aconteceram:

Ano Local da edição  Campeã Vice e terceiro lugar
1991 China Estados Unidos Noruega e Suécia
1995 Suécia Noruega Alemanha e Estados Unidos
1999 Estados Unidos Estados Unidos China e Brasil
2003 Estados Unidos Alemanha Suécia e Estados Unidos
2007 China Alemanha Brasil e Estados Unidos
2011 Alemanha Japão Estados Unidos e Suécia
2015 Canadá Estados Unidos Japão e Inglaterra
2019 França Estados Unidos Holanda e Suécia

A seleção feminina dos Estados Unidos ficou entre as três melhores em todas as edições que aconteceram até 2019. As norte-americanas são as atuais campeãs da Copa do Mundo Feminina.

Outra curiosidade é que a China seria a sede original da Copa do Mundo em 2003, no entanto, devido à epidemia de SARS, ela foi transferida para os Estados Unidos, que receberam o torneio pela segunda vez consecutiva. Por essa razão, os chineses sediaram a edição de 2007.

A história da Copa do Mundo de Futebol Feminino

Em 1930, a Copa do Mundo de Futebol começou apenas com seleções masculinas, com 13 seleções da América e Europa, sendo realizado no Uruguai.

Historicamente, a trajetória da Copa do Mundo de Futebol Feminino começa em 1970. A primeira edição aconteceu na Itália, mas ela não teve chancela da FIFA e levou o nome do patrocinador: Martini Rosso Cup.

Sete países jogaram, e a Dinamarca foi campeã. Um ano depois, no México, o campeonato aconteceu novamente, entre outros 6 países. A seleção dinamarquesa ganhou novamente.

Mas foi apenas no ano de 1988 que a Fifa passou a se movimentar para criar o que se conhece hoje por Copa do Mundo Feminina.

O objetivo era impulsionar o desenvolvimento do futebol feminino em todo o mundo, inspirando mais investimentos e interesse no esporte e criando novas oportunidades para as mulheres no futebol.

A primeira edição, que funcionou como um teste, aconteceu em 1991, na China, com a participação de 12 seleções nacionais. Como já dito, os Estados Unidos foram os campeões da primeira edição, derrotando a Noruega na final.

A partir daí, a competição começou a ser realizada a cada quatro anos, seguindo o mesmo calendário da Copa do Mundo masculina.

A segunda edição da Copa do Mundo de futebol feminino também teve 12 participantes. De 1999 até 2011, passaram a contar com 16. Em 2015, o número de seleções passou a ser 24.

Copa do Mundo Feminina 2023

A próxima Copa do Mundo Feminina de Futebol está programada para acontecer em 2023, e será a nona edição da competição, entre 20 de julho e 20 de agosto.

A competição tem sede conjunta entre Austrália e Nova Zelândia, tornando-se a primeira vez que dois países vão receber juntos uma Copa do Mundo de Futebol Feminino.

O Brasil está no grupo F da competição, ao lado da França, Jamaica e Panamá.

A Copa do Mundo Feminina da FIFA de 2023 vai ter um aumento de 300% no prêmio, que passa a ser US$150 milhões (cerca de R$ 740 milhões).

Esse valor é três vezes o valor de 2019 e 10 vezes mais do que em 2015. No entanto, é ainda bem mais baixo que o prêmio total da Copa do Mundo Masculina 2022: US$ 440 milhões (R$ 2,1 bilhões).

Acompanhe essa e outras notícias de esportes na CNN

Resumo

Resumindo o que foi dito até aqui:

  • A seleção feminina brasileira nunca ganhou uma da Copa do Mundo, mas tem 8 títulos da Copa América;
  • Marta, Formiga e Cristiane são grandes nomes na seleção nos últimos anos;
  • Apesar de 2019 ter sido um ano histórico para a seleção brasileira feminina dentro do torneio, ainda há muita falta de informação sobre o campeonato;
  • Os Estados Unidos foram campeões quatro vezes, a Alemanha duas vezes, e o Japão e a Noruega, 1 vez;
  • A Copa do Mundo de 2023 acontece na Austrália e Nova Zelândia entre 20 de julho e 20 de agosto.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Seleção Feminina no Mundial; veja quem são as maiores campeãs da Copa no site CNN Brasil.

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