Campanha eleitoral nos EUA ganha ingrediente adicional de tensão com as falhas na estrutura de proteção de Donald Trump


O primeiro alarme sobre possíveis falhas no Serviço Secreto veio em julho, quando um tiro pegou de raspão na orelha de Trump durante um comício na Pensilvânia. Desde então, os agentes passaram a trabalhar mais horas para reforçar a segurança. Campanha eleitoral nos EUA ganha ingrediente adicional de tensão com as falhas na estrutura de proteção de Donald Trump
Reprodução/TV Globo
Nos Estados Unidos, a campanha eleitoral à Presidência ganhou um ingrediente adicional de tensão nos últimos dois meses: as falhas na estrutura de proteção do candidato republicano Donald Trump.
O caso mais recente foi no último domingo (15). Donald Trump não chegou a ficar na linha de tiro de Ryan Routh, mas ele conseguiu levar um fuzil semiautomático para as proximidades do campo onde o ex-presidente jogava golfe, na Flórida, e ficou lá por 12 horas, sem ser detectado.
O chefe interino do Serviço Secreto, Ronald Rowe, justificou que a visita ao campo de golfe não estava na agenda de Trump e, por isso, houve a demora para garantir o perímetro de segurança.
Em entrevista ao Jornal Nacional, o ex-diretor adjunto do Serviço Secreto, Ron Layton, disse que, apesar de não estar na agenda, a visita era previsível, porque é um hábito do ex-presidente.
“O Serviço Secreto precisa repensar como lidar com operações de segurança para eventos de última hora, que são uma categoria à parte”.
Serviço Secreto dos EUA
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O primeiro alarme sobre possíveis falhas no Serviço Secreto veio em julho, quando um tiro pegou de raspão na orelha de Trump durante um comício na Pensilvânia. Desde então, os agentes passaram a trabalhar mais horas para reforçar a segurança.
Segundo o chefe do Serviço Secreto, está no nível máximo, igual aos quatro anos em que o ex-presidente esteve na Casa Branca. O problema, segundo ele, é que, mesmo com um quadro de 8 mil funcionários, a agência está com menos agentes do que o necessário há décadas.
“Precisamos de orçamento para contratar mais gente. Não adianta só dinheiro para pagar pelas horas extras, porque os homens e as mulheres do Serviço Secreto estão tendo que se desdobrar”.
Chefe interino do Serviço Secreto, Ronald Rowe fala sobre trabalhos dos agentes na segurança de Trump
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Líderes dos dois partidos se mobilizam para aprovar um orçamento de emergência já no fim de setembro. O processo de seleção rigoroso pode levar até 14 meses.
Além de presidentes e vice-presidentes, o Serviço Secreto protege cerca de 35 pessoas, entre parentes dessas autoridades e ex-ocupantes da Casa Branca. Para fazer a segurança de um presidente, por exemplo, são necessários 300 agentes. De um ex-presidente, 100. Um orçamento de mais de US$ 3 bilhões só em 2024 – quase 10% a mais do que em 2023. Ron Layton diz que 85% desse valor são gastos fixos, como salários e outras despesas. Ele afirma:
“Os Estados Unidos vivem uma polarização política sem precedentes. Todo mundo sente isso. A diferença é que o Serviço Secreto precisa proteger essas figuras políticas”, conclui.
Trump e agentes de segurança após atentando em comício na Pensilvânia
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