Produção de alimentos sente efeito das queimadas e preços podem subir até 4,5%; SC terá impacto

O período das secas e o aumento nos registros de queimadas pelo Brasil, para além do meio ambiente, também já apresenta consequências na saúde e na economia. Especialistas alertam para os efeitos na produção de alimentos, que já preocupam pequenos produtores na região Sul.

Tomate, café e plantação de laranjas em fotos dispostas em colagem com 3 imagens para ilustrar matéria sobre a produção de alimentos

Tomate, café e laranjas, são alguns dos produtos que terão aumento nos preços em SC – Foto: Unsplash/Reprodução/Montagem ND

Produção de alimentos em SC sente impacto das secas

Em entrevista ao programa Balanço Geral, da NDTV Record SC, o economista Daniel Vasconcelos explica que os focos das queimadas na Amazônia, aliados ao período de secas intensas, podem representar prejuízo na produção de alimentos em Santa Catarina.

“A seca, com certeza, terá efeitos a médio prazo, pois já é o segundo ano que nos aprofundamos nesse processo bastante complexo. A região Norte está com a pior seca dos últimos anos e a umidade dessa região é que regula o sistema e o ciclo de chuvas no Sul e Sudeste, então afeta diretamente as lavouras, plantações e colheitas”, explica o especialista.

Conforme o IIS (Índice Integrado de Seca), o país enfrenta o período de seca mais severo dos últimos 70 anos – intensificado pelas ocorrências de queimadas. A estimativa é de que, com os efeitos na produção de alimentos, o preço dos itens tenha alta de até 4,5%.

Fogo consumindo vegetação em São Paulo

Queimadas registradas pelo país ameaçam a fauna e flora brasileira. Na economia, produção de alimentos já sente os efeitos – Foto: Reprodução/Agência Brasil

Cenário em SC

Santa Catarina enfrenta dificuldades em relação aos alimentos que são produzidos e comercializados de outros estados, como o feijão, a laranja e o tomate.

“Os produtos comercializados na Ceasa, em Santa Catarina, sentem o reflexo por virem de outros estados que estão sofrendo com a seca. Quando buscamos esses produtos de lá, eles acabam chegando com preço maior, pois a produção diminuiu bastante”, lamenta o diretor-técnico da Seasa-SC, Emerson Martins.

Mesmo com os altos preços em produtos comprados de outros estados, Martins afirma que as produções de frutas e hortaliças em pontos da Grande Florianópolis não foram afetadas até o momento.

Outro produto que terá aumento no preço é o café. O economista pontua que as lavouras estão sendo afetadas e a alta nos valores será registrada não apenas no Brasil, como em outros países pelo mundo.

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