Presidente do Republicanos afirma que é preciso ampliar representação do partido em SC

Presidente nacional do Republicanos e vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcos Pereira, deputado federal por São Paulo, visitou Santa Catarina sexta-feira (16).

Na Capital dos catarinenses, abriu um evento do partido que integrou e preparou quadros dispostos a disputar cargos nas eleições municipais de 2024.

Em entrevista ao ND, falou sobre a importância do Estado para o partido, pontos fortes e fracos do Republicanos aqui.

Nacionalmente, apresentou as pautas que podem e as que não têm chance de avançar na Câmara, explicou por que o partido não participa da base aliada do governo Lula (PT) e repetiu: o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, seguirá no Republicanos.

Qual a importância de Santa Catarina para o partido no país?

O Estado tem a importância [no partido] que tem no cenário nacional. É um dos principais do país, uma das principais economias, PIB [produto interno bruto] pujante.

Mas Santa Catarina está aquém do que deveria, já que não temos deputado federal do partido e somente um deputado estadual. Pelo tamanho do Estado e a relevância que tem, diria que, dentro da bancada e do tamanho do partido no Brasil, o Estado está sub-representado.

Quais os pontos fortes e fracos do partido aqui?

Ponto fraco é a sub-representação. Ponto forte é essa nova liderança do [Carlos] Moisés. Estamos apostando muito nela, já que foi governador e está disposto a dedicar tempo e esforço para esse fortalecimento e crescimento.

Nacionalmente, o senhor tem dito que Lula terá dificuldades no Congresso. Quais pautas terão chances na Câmara e quais não terão?

Saneamento básico, autonomia do Banco Central, marcos legais, reforma trabalhista e previdenciária não adianta tentar revogar. Não acredito que avancem. Pautas que possam melhorar o ambiente de negócios e facilitar a geração de emprego e renda podem avançar.

Pautas sociais, como Minha Casa, Minha Vida já avançou, Bolsa Família, entre outras. Na pauta que pode avançar o ambiente de negócios, a reforma tributária é a principal de todas.

Por que o Republicanos não se aproxima do governo petista, como no passado?

Refundamos o partido em 2019, mudando de PRB para Republicanos e lançamos o manifesto político em que o partido se identifica como de centro-direita, liberal na economia, conservador nos costumes e essa não é a pauta do governo Lula. Fazer um apoio formal e ser a base de um governo antagônico é um contrassenso. Seria fisiologismo por fisiologismo.

O governador paulista, Tarcísio de Freitas, seguirá no partido nos próximos anos?

É o que ele me diz. Acredito na palavra dele. Tive um café da manhã com ele na segunda-feira (12), mais de uma hora eu e ele e, mais uma vez, reiterou o que já me disse várias vezes pessoalmente, por telefone.