Advogada de BOLSONARO diz que não tem sentindo ex-presidente ficar inelegível

A advogada pessoal de Jair Bolsonaro, Karina Kufa, afirmou que o ex-presidente ficará “inconformado” se for condenado à inelegibilidade pelo TSE.

Como previsto, o julgamento se inicia nesta quinta-feira, 22 de junho.

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“Claro que um julgamento que venha a torná-lo inelegível vai deixá-lo numa situação de inconformismo”, afirmou Kufa em entrevista à Globo News nesta quarta-feira, 21 de junho.

“De acordo com tudo que a gente vê de julgamento, não tem sentido ter a declaração de inelegibilidade”, emendou.

Julgamento 

O caso envolve o discurso proferido por Bolsonaro no plenário da Câmara dos Deputados em dezembro de 2014, quando ele era deputado federal.

Na ocasião, o então parlamentar disse que só não estupraria a deputada Maria do Rosário (PT-RS) porque “ela não merecia”.

No dia seguinte, ele repetiu a declaração em entrevista ao jornal Zero Hora.

Após as declarações, Bolsonaro foi processado pelo Ministério Público Federal (MPF) e por Maria do Rosário.

Bolsonaro passou a responder às acusações no Supremo, mas o processo foi suspenso após ele assumir a Presidência da República, em 2019.

Com o fim do mandato e do foro privilegiado, Toffoli determinou que o caso siga para a primeira instância da Justiça.

Após o episódio, a defesa de Bolsonaro alegou que ele não incitou a prática do estupro, mas apenas reagiu a ofensas proferidas pela deputada contra as Forças Armadas durante uma cerimônia em homenagem aos direitos humanos.

Para os advogados, o embate entre Maria do Rosário e Bolsonaro ocorreu dentro do Congresso e deveria ser protegido pela regra constitucional da imunidade parlamentar, que impede a imputação criminal quanto às suas declarações.

Silas Malafaia sobre o caso

“A cassação inescrupulosa, imoral, vergonhosa desse homem. (…) Na verdade, fraudaram a lei e a Constituição. Um estupro à lei para cassar um homem honesto”, declarou Malafaia.

“Ele tinha que ter a ética de se sentir impedido de presidir o TSE e se meter em questões políticas, porque ele tem lado. Ele é filhote político de Alckmin, foi secretário de segurança pública dele. Alckmin, vice de Lula, tinha interesses políticos, e as aberrações que foram cometidas durante a eleição. E agora, ele comanda e manipula o TSE para promover perseguição política”, denunciou.

“Agora eu vou dizer uma coisa: se tornarem inelegível Bolsonaro, vão torná-lo a maior vítima política da história do Brasil e o maior cabo eleitoral da nossa história. Não adianta apelar ao Senado, que podia dar um basta nessa gente, formado por uma cambada de frouxos e covardes – evidente, com exceções”, disparou Silas.

Da redação do Portal com informações do Conexão Política

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