Carro usado para matar empresário é encontrado em Guarulhos com munições de fuzil

Foram encontradas munições de fuzil e um colete balístico no veículoReprodução/ TV Band

O carro utilizado por criminosos no tiroteio no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, nesta sexta-feira (8) foi encontrado. O caso terminou com a morte do empresário Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, delator do Primeiro Comando da Capital (PCC), além de três pessoas baleadas.

O veículo, um Gol preto, estava abandonado na comunidade Vila Nossa Senhora de Fátima, perto da Avenida Otávio Braga de Mesquita, onde também foram encontradas munições de fuzil e um colete balístico. A suspeita é que o carro foi usado como “cavalo” (jargão do crime para veículos de fuga).

Ainda não se sabe o estado de saúde dos três baleados. Informações preliminares divulgadas pela TV Band, porém, informaram que uma pessoa foi atingida na costa. Pelo menos 29 tiros foram disparados, sendo um fuzil e uma metralhadora.

Vinicius Gritzbach

Gritzbach foi alvo do ataque assim que desembarcou de um voo vindo de Goiás, acompanhado de sua namorada. Ele foi abordado pelos criminosos ao pisar na área externa do aeroporto, e seu filho presenciou o assassinato. 

Segundo as primeiras apurações, o filho estava com um dos quatro seguranças do empresário, todos policiais militares de São Paulo. O carro que transportava os seguranças havia quebrado a caminho de Cumbica, levando um dos agentes a buscar o filho de Gritzbach e esperar pelo empresário no local. Os outros três seguranças permaneceram no posto de gasolina onde o veículo havia parado.

A Polícia Civil identificou todos os seguranças e a namorada do empresário, que serão interrogados na delegacia do aeroporto de Cumbica para esclarecer as circunstâncias do crime.

Gritzbach, a vítima assassinada, era colaborador do Ministério Público de São Paulo (MPSP) e fornecia informações sobre esquemas de lavagem de dinheiro operados pela facção. Ele também era investigado por sua ligação com o PCC e por ter supostamente ordenado a morte de dois integrantes da facção: Anselmo Becheli Santa Fausta, conhecido como “Cara Preta”, e seu motorista, Antônio Corona Neto, o “Sem Sangue”. O empresário foi acusado de envolvimento nesses assassinatos, que ocorreram em dezembro de 2021.

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